Política
Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, aponta PF
Bolsonaro era o comandante e principal beneficiário, mas planejamento e execução – frustrada – couberam ao general, que integraria um gabinete de crise após a execução de Lula e Alckmin
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
A Polícia Federal identificou o general da reserva Braga Netto como a principal autoridade por trás do plano de golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022. Segundo investigadores, o general teria liderado a operacionalização do esquema, sendo descrito como "a cabeça pensante" por trás das ações golpistas.
Embora Bolsonaro tenha sido apontado como o principal beneficiário e comandante do plano, a PF acredita que Braga Netto desempenhou um papel estratégico e decisivo. Ambos foram indiciados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa.
De acordo com documentos divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Braga Netto teria sediado, em sua residência, uma reunião em 12 de novembro de 2022, na qual participantes discutiram um plano para assassinar Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes antes da posse presidencial. O general também faria parte de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise" que seria criado após os assassinatos, caso o plano fosse executado. Um investigador avalia que, se o golpe tivesse êxito, Braga Netto poderia até mesmo destituir Bolsonaro e assumir o comando do governo, consolidando ainda mais seu poder.
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