Política
Brasil registrou 338 casos de violência política na campanha de 2024, diz levantamento
Os dados são do levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio).
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil
Um número recorde de casos de violência política no Brasil foi registrado na campanha eleitoral de 2024. Somente entre julho e setembro deste ano, foram pelo menos 338 ocorrências, segundo dados do levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio).
Ainda de acordo com os números divulgados, mais da metade dos casos foi de violência física, além de 88 atentados, 55 casos em que o alvo sobreviveu e 33 em que foi morto pelo agressor. Entre as ocorrências, está a que vitimou o prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos), atingido por ataque a tiros quando estava dentro de um carro nesta sexta-feira (18).
De acordo com a Folha de S. Paulo, o levantamento, que foi registrado no 19° Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral, considera episódios de violência cometidos contra políticos com e sem mandato, como vereadores, prefeitos, secretários, governadores, candidatos e ex-ocupantes de cargos públicos. Os casos de violência contra eleitores não são contabilizados.
Lideranças sem cargo representam a maior parte, com 166 dos alvos na campanha de 2024. Os principais alvos foram homens (71%), pessoas entre 40 e 59 anos (52%) e com ensino superior (61%).
O estado de São Paulo é o que lidera o número de casos de violência, com 58 episódios entre julho e setembro.
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