Lewandowski diz que X está 'supostamente' a serviço de grupos de extrema direita para interferir na política

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou a disputa entre o governo dos Estados Unidos e o TikTok com o conflito envolvendo Elon Musk, dono do X, e o Supremo Tribunal Federal. Em evento em São Paulo, nesta sexta-feira (20), o ministro sugeriu que a rede social do bilionário estaria a “a serviço de grupos de extrema-direita”.

“Esse mesmo braço de ferro que os Estados Unidos estão travando com o TikTok, nós agora no Supremo Tribunal Federal, e o (ministro do STF) Alexandre de Moraes atesta, estamos travando com o X, do Elon Musk, que supostamente estaria a serviço de grupos de extrema-direita, interferindo na política interna de muitos países para divulgar essa ideologia extremista”, afirmou o ministro.

Lewandowski coordenou um seminário sobre Inteligência Artificial promovido pela da Universidade Santo Amaro (Unisa), instituição na qual coordena cursos de Direito. 

O ministro pontuou sobre as disputas envolvendo o X (antigo Twitter), no Brasil, e o TikTok, nos EUA, ao abordar os riscos geopolíticos das plataformas digitais. Em abril, o Congresso americano aprovou uma lei, sancionada por Joe Biden, que obriga o TiktTok a passar o controle para uma empresa americana para evitar o banimento no país.

Desde o fim de agosto, o X está bloqueado no Brasil por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O evento teve a presença de representantes das grandes empresas de tecnologia, como Meta e OpenAI, além dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Dias Moura Ribeiro, e de ministros do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), como André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques. O senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator do projeto de regulação da IA no Brasil, também participou.

Além do seminário, Lewandowski foi homenageado no evento com o lançamento do livro “Direito Humano e Fundamental à Saúde”, que reúne artigos de juristas e profissionais do direito em reconhecimento a atuação do ministro no STF.