Política
PF aponta possível conspiração entre investigados de Abin Paralela e a cúpula do órgão
Relatório afirma que Paulo Maurício Fortunato Pinto foi colocado como número 3 da agência pela gestão do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
No relatório da etapa mais recente da Operação Última Milha, a Polícia Federal sugere um “possível conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)” no monitoramento ilegal de autoridades.
“A direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação sem, contudo, ter sido possível identificar o intento das ações”, diz o documento. O relatório afirma que Paulo Maurício Fortunato Pinto, o principal responsável pelo programa FirstMile, usado para o monitoramento ilegal de autoridades no governo Bolsonaro, foi colocado como número 3 da agência pela gestão do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. No ano passado, Paulo Maurício foi afastado do cargo, por suspeita de integrar o esquema de espionagem ilegal.
“O principal responsável pelo uso do sistema sr. Paulo Mauricio, por exemplo, exercia, ao tempo dos fatos, a ascendência funcional sobre os servidores investigados no exercício da Diretoria de Operações de Inteligência – DOINT – e, durante a investigação, foi alçado a cargo superior, ocupando a 3ª posição da estrutura hierárquica na ABIN”, diz a PF no documento.
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