Política
Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para discutir golpe
Ideia do encontro seria impedir a troca de governo; segundo Cid, ele também estava presente no encontro
Foto: Alan Santos / PR/Divulgação
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse à Polícia Federal durante delação premiada, que o ex-presidente da República se reuniu com a cúpula das Forças Armadas e ministros em 2022 para tratar sobre intervenção militar. A informação foi divulgada pela jornalista Bela Megale, no jornal O Globo. A ideia do encontro seria impedir a troca de governo.
Na delação, Cid afirmou que participou da reunião com o então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins. Martins teria entregue uma suposta minuta de golpe a membros de alta patente das Forças Armadas (FA), um advogado constitucionalista e um padre.
O militar ainda citou o nome do almirante da Marinha, Almir Garnier Santos. Ele teria afirmado ao ex-presidente que suas tropas estariam prontas para responder à convocação de Bolsonaro. O comando do Exército, no entanto, não teria concordado. Almir se recusou a comparecer à cerimônia de entrega do cargo ao comandante Marcos Sampaio Olsen, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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