Política
Em mensagem, Mauro Cid admite que joias são "bens de interesse público", revela coluna
Cid ainda tirou fotos de imagens da Lei 8.394 e sublinhou o trecho em que a norma descreve que, em caso de venda, a União teria preferência
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Ao falar sobre as joias recebidas pela Presidência da República como presente do governo saudita, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou a admitir, em 5 de março deste ano, que os itens eram de "interesse público, mesmo que sejam privados". Cid ainda tirou fotos de imagens da Lei 8.394 e sublinhou o trecho em que a norma descreve que, em caso de venda, a União teria preferência.
As mensagens e imagens do celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foram obtidas com exclusividade pela coluna de Juliana Dal Piva, do Portal Uol. Procurado pela reportagem, o advogado do ex-presidente e ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, não quis comentar o teor dos diálogos. A defesa de Mauro Cid não retornou aos contatos feitos pela reportagem.
A menção de Cid ao fato das joias serem "bens de interesse público" contradiz o movimento recente da defesa de Bolsonaro que informou a intenção de pedir a devolução das joias ao TCU alegando que os itens pertenceriam ao ex-presidente.
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