Política
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Polícia Federal investiga negociações de Mauro Cid para vender relógio por U$60 mil
Rolex foi recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma viagem oficial
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) investiga as negociações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tentativa de vender um relógio da marca Rolex, recebido durante viagem oficial de Bolsonaro, por U$ 60 mil, quase R$ 300 mil.
O acordo foi revelado em análise dos e-mails, obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito do 8 de janeiro. No dia 6 de junho de 2022, Cid disse o valor que pretendia receber. Na mesma data, documentos apontam que houve a liberação de um relógio Rolex do acervo privado do então presidente Bolsonaro. Não há esclarecimento de com quem Cid negociava a compra do relógio.
De acordo com apuração da TV Globo e da GloboNews, a negociação de Cid será investigada pela PF em um desdobramento do inquérito que investiga o recebimento de jóias por uma comitiva do governo na Arábia Saudita. Investigação do Ministério Público Federal apontou que o governo de Bolsonaro tentou incorporar as joias, presenteadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, como um bem privado e não como acervo público presidencial.
Mauro Cid está preso desde o dia 3 de maio devido investigação sobre fraudes em carteiras de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. A apuração aponta o militar como arquiteto do esquema que adulterou dados públicos de vacinação de suas filhas, de auxiliares e do próprio ex-presidente.
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