Política
Comissão de Ética aplica punição a ex-assessor de Bolsonaro por gesto racista
Filipe Martins fez um gesto na lapela do paletó usado por supremacistas para exaltar o “poder branco”
Foto: Reprodução
A Comissão de Ética da Presidência da República aplicou pena de censura ao ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, por "gesto preconceituoso, racista e desrespeitoso contra grupos étnicos" feito por ele durante sessão do Senado em 2021.
A comissão entendeu que Martins violou o Código de Conduta da Alta Administração Federal (CCAAF) e optou pela censura ética, que é a punição máxima e na prática funciona como uma espécie de "mancha" no currículo.
Filipe Martins era um dos expoentes da chamada ala ideológica do governo Bolsonaro. Ele Filipe fez um gesto na lapela do paletó com três dedos esticados formando um W, de white, e o polegar junto ao indicador formando a letra “P”, de power, sinal usado por supremacistas para exaltar o “poder branco”.
Em posicionamento em uma rede social e durante seu depoimento à Polícia Legislativa do Senado, Martins disse que estava somente ajeitando o terno. Ainda em 2021, o juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, absolveu o assessor da acusação por racismo. Para Bastos, o MP não conseguiu provar que havia intenção racista no gesto de Filipe Martins.
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