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Líder do governo no Senado, Jaques Wagner cobra que ministros entreguem votos de aliados

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Líder do governo no Senado, Jaques Wagner cobra que ministros entreguem votos de aliados

Questionado sobre a relação do governo e o Congresso, o senador minimizou as dificuldades que Lula tem enfrentado para aprovar seus projetos e relacionou o cenário à decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o orçamento secreto

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner cobra que ministros entreguem votos de aliados

Foto: Elza Fiúsa/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 06 de junho de 2023 às 07:31

Atualizado: no dia 06 de junho de 2023 às 09:33

Líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT) cobrou que ministros articulem e entreguem votos favoráveis aos interesses do Executivo em projetos no Congresso. A declaração do petista foi dada nesta segunda-feira (5), em meio à pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça uma reforma ministerial, trocando o comando das pastas que estão nas mãos do União Brasil.

Apesar de ter três ministérios, os deputados da legenda reclamam por não se sentirem contemplados e têm deixado de votar junto com o governo.“Ninguém quer ministro só técnico. Todo mundo é técnico e político. Bom desempenho é, primeiro, entregar o que a pasta demanda. Em segundo, é entregar relação política”, disse Wagner a jornalistas no Palácio do Planalto. 

Apesar da declaração, Wagner não citou nomes e afirmou desconhecer o fato de que alguns ministros não estão entregando votos no Congresso. Para ele, em casos de problema de desempenho ou de ruptura política, trocas ministeriais podem ser sugeridas.

“Cada ministro representa um ou um conjunto de partidos. Se essa relação sofrer abalo, digo entre ministro ou quem representa, aí pode ser sugerida uma troca”, declarou.

Questionado sobre a relação do governo e o Congresso, o senador minimizou as dificuldades que Lula tem enfrentado para aprovar seus projetos. “As pessoas estão se acostumando a uma coisa nova [decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o orçamento secreto]", afirmou Wagner. “Uma das coisas que animava muito a relação era o RP-9 [emendas de relator]”, acrescentou.

O petista comentou também sobre a cobrança de deputados e senadores por mais controle do orçamento. “Se é para o Congresso administrar toda a capacidade de investimento do Estado, tem de ser governo do Parlamento, o que não é no caso do presidencialismo. Não estou falando que é para ser ou deixar de ser”, disse o senador, defendendo o espaço do Executivo.