Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Política

/

Kakay diz que caso de plano de sequestro contra Moro pode ser questionado, mas defende atuação da PF

Política

Kakay diz que caso de plano de sequestro contra Moro pode ser questionado, mas defende atuação da PF

Em artigo publicado no IG, advogado afirmou que o episódio foi responsável por por dar uma “sobrevida” ao ex-juiz

Kakay diz que caso de plano de sequestro contra Moro pode ser questionado, mas defende atuação da PF

Foto: Alexssandro Loyola/PSDB

Por: Metro1 no dia 30 de março de 2023 às 12:35

Atualizado: no dia 26 de dezembro de 2023 às 15:07

Na última semana, o agora senador Sérgio Moro (União) voltou a aparecer nos noticiários com a prisão de integrantes de uma facção que planejava sequestrá-lo e com os posteriores comentários feitos pelo presidente Lula sobre o caso. Em um artigo publicado no IG, um dos advogados criminalistas mais respeitados do país, Antônio Carlos de Almeida Castro - ou apenas Kakay, como é conhecido - afirmou que os episódios foram responsáveis por dar uma “sobrevida” ao ex-juiz e que o caso pode sim ser questionado, mas não a atuação da Polícia Federal nas investigações.

O presidente Lula chegou a falar, na semana passada, que, em seu período na cadeia, queria “foder” o então juiz e chegou a citar uma armação ao comentar sobre a prisão dos envolvidos no plano de sequestro. Kakay classificou como natural que o presidente tenha Moro como adversário, afinal “foi o então juiz que o prendeu por 580 dias de maneira ilegal, inconstitucional e imoral”.

“O objetivo único era tirá-lo da disputa presidencial e eleger o projeto fascista do Bolsonaro. É admirável a capacidade de reação do Lula ao sair da prisão e se eleger Presidente da República pela terceira vez. Certamente, não podemos nos esquecer de que o principal responsável pela eleição do fascismo no Brasil deve ser exposto, diuturnamente, a todas as consequências das suas ações”, escreveu o advogado.

Para Kakay, é “absolutamente correto” que os brasileiros e até Lula tenham dúvidas e reticências a qualquer ato que envolva o agora senador. No artigo, o advogado ironiza Moro, dizendo ele se fez indignado e politizou a discussão. “Logo ele, que se elegeu na onda da não política e do desprezo ao Parlamento. É um direito dele (Lula), urge enfrentá-lo. Como indigente intelectual que é, não será tão difícil”, disse.

A conduta do ministro Flávio Dino é usada pelo advogado como exemplo de como o caso dese ser analisado. "Polícia Federal fez um excelente trabalho de investigação independente e, ao que tudo indica, preservou a vida desse adversário político do governo. É assim que deve ser. Sem perseguir e sem proteger. Mas o caso pode sim ser questionado, nunca a atuação da Polícia Federal”, afirmou.

“Tudo que vem desse ex-juiz deve ser analisado com o devido cuidado. Dentro das regras constitucionais, é óbvio, dando a ele o benefício da presunção de inocência - contra o qual ele tanto lutou até ser derrotado por nós -, mas reconhecendo que esse cidadão não enxerga limites na luta pelo poder”, finalizou.