Política
Oposição entra com representação no MP para barrar obras da prefeitura no Abaeté
Na época vereador de Salvador, Marcos Mendes ( PSOL) chegou a protocolar pedido de tombamento do Abaeté junto à Fundação Gregório de Matos
Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Vereadores de oposição na Câmara Municipal de Salvador ingressaram com uma ação civil pública contra o projeto de urbanização da prefeitura para o trecho da duna do Abaeté, localizada na Avenida Dorival Caymmi.
A ação assinada pela vereadora Maria Marighella (PT) conjuntamente com as vereadoras do mandato coletivo Pretas por Salvador (PSOL), requer a "instauração de processo administrativo para apuração dos fatos, convocação dos responsáveis na Prefeitura pelo projeto, publicização e discussão da proposta".
“Estamos em aliança com a sociedade em defesa do Abaeté, área ambiental, patrimônio cultural e histórico de nossa cidade, território onde está fincada parte fundamental de nossa ancestralidade e memória. O projeto de lei apresentado na Câmara e o projeto de urbanização proposto pela Prefeitura compõem, mais uma vez, um conjunto de decisões colocadas na vida da cidade sem diálogo. O território do Abaeté bem como os espaços públicos e áreas de preservação ambiental de nossa cidade estão sob ataque: patrimônios postos a leilão para atender a interesses imobiliários, apagamento da memória e da vinculação afetiva dos nossos territórios, táticas antigas de desterritorializar para ocupar, desmembrar e vender”, afirmou a vice-líder do PT na Câmara Municipal.
Na época vereador de Salvador, Marcos Mendes ( PSOL) chegou a protocolar pedido de tombamento do Abaeté junto à Fundação Gregório de Matos. O pedido está em andamento.
A sigla defende que o Estado é laico e destaca a possibilidade da gestão municipal criar um Centro Interreligioso. "O Abaeté é um local sagrado para os terreiros de candomblé que fazem ebó lá e tiram folhas para usar nos rituais religiosos, mas, também, é muito utilizado pelos evangélicos. Então, a gente pode pensar na possibilidade de um "Centro Interreligioso" para contemplar todas as religiões de acordo com a laicidade do Estado", argumentou o historiador e representante do Coletivo de Entidades Negras ( CEN), Marcos Rezende.
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