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Oposição entra com representação no MP para barrar obras da prefeitura no Abaeté

Política

Oposição entra com representação no MP para barrar obras da prefeitura no Abaeté

Na época vereador de Salvador, Marcos Mendes ( PSOL) chegou a protocolar pedido de tombamento do Abaeté junto à Fundação Gregório de Matos

Oposição entra com representação no MP para barrar obras da prefeitura no Abaeté

Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Por: Chayenne Guerreiro no dia 16 de fevereiro de 2022 às 12:58

Vereadores de oposição na Câmara Municipal de Salvador ingressaram com uma ação civil pública contra o projeto de urbanização da prefeitura para o trecho da duna do Abaeté, localizada na Avenida Dorival Caymmi.

A ação assinada pela vereadora  Maria Marighella (PT) conjuntamente com as vereadoras do mandato coletivo Pretas por Salvador (PSOL), requer a "instauração de processo administrativo para apuração dos fatos, convocação dos responsáveis na Prefeitura pelo projeto, publicização e discussão da proposta". 

“Estamos em aliança com a sociedade em defesa do Abaeté, área ambiental, patrimônio cultural e histórico de nossa cidade, território onde está fincada parte fundamental de nossa ancestralidade e memória. O projeto de lei apresentado na Câmara e o projeto de urbanização proposto pela Prefeitura compõem, mais uma vez, um conjunto de decisões colocadas na vida da cidade sem diálogo. O território do Abaeté bem como os espaços públicos e áreas de preservação ambiental de nossa cidade estão sob ataque: patrimônios postos a leilão para atender a interesses imobiliários, apagamento da memória e da vinculação afetiva dos nossos territórios, táticas antigas de desterritorializar para ocupar, desmembrar e vender”, afirmou a vice-líder do PT na Câmara Municipal. 

Na época vereador de Salvador, Marcos Mendes ( PSOL) chegou a protocolar pedido de tombamento do Abaeté junto à Fundação Gregório de Matos. O pedido está em andamento.

A sigla defende que o Estado é laico e destaca a possibilidade da gestão municipal criar um Centro Interreligioso.  "O Abaeté é um local sagrado para os terreiros de candomblé que fazem ebó lá e tiram folhas para usar nos rituais religiosos, mas, também, é muito utilizado  pelos evangélicos. Então, a gente pode pensar na possibilidade de um "Centro Interreligioso" para contemplar todas as religiões de acordo com a laicidade do Estado", argumentou o  historiador e representante do Coletivo de Entidades Negras ( CEN), Marcos Rezende.