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Otto rebate representação de médicos e ataques de Bolsonaro: "faz xingamentos olhando no espelho"
Foto: Reprodução Rádio Metropole
Destaque na CPI da Covid, ao protagonizar um embate com a médica Nise Yamaguchi, o senador Otto Alencar (PSD) deu entrevista nesta segunda-feira (7) a Mário Kertész e falou sobre a representação do Conselho Federal de Medicina que recrimina sua conduta durante a comissão.
"Tomei com surpresa porque não cometi nenhum ato antiético. A alegação é que fui muito intensivo nas perguntas. Não fiz isso para deixar a doutora com dificuldades. Fiz isso porque ela tergiversa muito. Ela defendia, ano passado, imunidade de rebanho. E na hora de responder na CPI, negava. Ela foi uma das principais vozes contra a vacina. E na oitiva, não confirmava. Então, resolvemos perguntar se ela tinha conhecimento suficiente para orientar as pessoas para tratar da doença. Fizemos perguntas médicas simples", disse o senador à Rádio Metropole.
Otto disse ainda que o Conselho Federal de Medicina está politizado e que, como está aposentado da profissão, não tem participado de discussões nos órgãos de classe. Falou também sobre a atuação do deputado federal Osmar Terra (MDB), que chegou a declarar que a Covid-19 mataria menos que o surto de H1N1.
"Ele não tem nenhuma formação nesse sentido. Não estudou. Não leu. Ele fala coisas sem ter nenhum conhecimento. O que ele declarou sobre a Covid-19 matar menos foi para agradar o presidente. Vamos convidar Osmar Terra para a CPI. Não podemos convocar deputados federais, agentes dos poderes judiciários e governadores de estado. Mas vamos convidá-lo. Lá vamos perguntar estas declarações dadas por ele", disse.
Questionado por Kertész sobre a citação que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez a Otto em sua live, chamando-o de "desqualificado", o senador respondeu dizendo que o presidente "tem uma limitação cultural grande".
"Você sabe que ele não é chegado aos livros, por isso usa termos muito absurdos. Ele disse que todos que são contra tratamento precoce são canalhas. Quando ele faz esses xingamentos ele faz de frente ao espelho".
Otto também respondeu sobre as recentes especulações que o colocam como virtual candidato ao governo da Bahia, nas eleições de 2022. "Converso com [Jaques] Wagner (PT), com João Leão (PP). Tá muito cedo pra falar de candidatura. Isso é lá para o ano que vem. Mas sempre sou lembrado por representar o PSD, um partido com 110 prefeitos. Não rejeito nenhuma missão a favor do meu estado. Me pauto dentro do grupo. Se acharem que devo, a missão será aceita. Mas não vou cultivar isso como uma obsessão da minha vida", afirmou.
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