Brasil
Cônsul alemão é preso após indícios de violência na morte do marido
Em depoimento, cônsul disse que o marido caiu na sala após sofrer um mal súbito
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi preso na noite do último sábado (6), no Rio de Janeiro, após a Polícia Civil encontrar indícios de morte violenta no corpo do companheiro dele, o belga Walter Henri Maximilien Biot. No apartamento do casal, em Ipanema, também foram encontrados vestígios de violência.
“O cadáver grita as circunstâncias de sua morte”, disse ao G1 a delegada responsável pelo caso, Camila Lourenço.
No domingo (7), o cônsul foi transferido para o presídio de Benfica, no Rio de Janeiro. A defesa deu entrada em um pedido de habeas corpus, mas foi negado pelo plantão judiciário.
Em depoimento, Uwe disse que o marido caiu na sala após sofrer um mal súbito. No apartamento, os investigadores encontraram manchas de sangue e uma poltrona com sangue que havia sido lavada por uma funcionária. À polícia, ela disse que o cachorro estava lambendo o móvel.
Segundo o laudo necroscópico, a causa da morte de Walter foi uma hemorragia subaracnóide e uma contusão do crânio com evento final de traumatismo crânio encefálico por ação contundente. O quadro possivelmente foi causado por uma pancada na nuca.
A responsável pelo caso revelou ainda que o laudo apontou que o corpo do belga apresentava múltiplas lesões, compatíveis com morte violenta. Algumas das marcas indicavam que tinham sido causadas há mais de 24 horas. Havia ainda uma marca que se assemelhava a um pisão no corpo de Walter.
“Na perícia local, diversas evidências reforçam que houve um homicídio, sim. O local estava em bastante desalinho, com fezes e sangue espalhados”, disse a delegada sobre o apartamento do casal.
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