Brasil
Revista na Colônia Penal de Simões Filho apreende facas e facões; sindicato denuncia fragilidade na segurança
Além das lâminas, na revista também foram encontrados 30 celulares e quilos de drogas nas celas, além de balanças de precisão, e oito cadernos com anotações relacionadas ao comércio ilegal de drogas
Foto: Divulgação/Sinsppeb
O Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinsppeb) denunciou, em comunicado, a fragilidade da segurança no entorno das unidades prisionais do estado. Na última sexta-feira (25), os policiais penais da Colônia Penal de Simões Filho realizaram uma operação de revista geral em um dos pavilhões da unidade e encontraram 24 facas, facões e lâminas cortantes.
O Sinsppeb atribui a falta de maior fiscalização ao "estado de calamidade de segurança pública" vivenciado nas unidades prisionais e cita a guerra pelo comando do tráfico de drogas, como a que ocorreu no módulo 2 na Penitenciária Lemos Brito no último domingo.
Além das lâminas, na revista também foram encontrados 30 celulares e quilos de drogas nas celas, além de balanças de precisão, e oito cadernos com anotações relacionadas ao comércio ilegal de drogas.
“Nós do Sinsppeb estamos denunciando a fragilidade da segurança no entorno das unidades prisionais há mais de uma década, e é preciso que alguma providência seja adotada pelo governo do Estado para evitar a continuidade dessas ações pelos criminosos. Haja vista que, sem solucionar a fragilidade do policiamento do entorno dos estabelecimentos penais, todo o trabalho de retirar esses materiais do poder dos custodiados se torna infrutífero", afirma o presidente do sindicato, Reivon Pimentel.
Pimental ressalta ainda que é das regiões nordeste, norte e centro-oeste do país, a Bahia é o único Estado a não implementar a Polícia Penal, além de ser um dos quatro estados do país que ainda não cumpriu "o que impõe a Constituição inserindo a Polícia Penal em sua estrutura de segurança pública”.
O sindicato reclama que constitucionalmente a segurança dos estabelecimentos penais cabe à Polícia Penal, mas o Governo da Bahia ainda não criou o órgão. "Essa atividade ainda está a cargo da Polícia Militar da Bahia, instituição que nunca classificou a segurança do sistema prisional como prioridade", afirmam em nota.
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