Justiça
Bolsonaro depõe à CGU em ação que pode cassar aposentadoria de ex-diretor da PRF
Ex-diretor da PRF é investigado por realizar bloqueios em rodovias para, supostamente, atrapalhar deslocamento de eleitores
Foto: Isac Nóbrega/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta nesta terça-feira (5), por videoconferência, um depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU). Ele será ouvido no âmbito de um processo sigiloso aberto pela CGU para apurar a conduta do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques nas eleições de 2022. As principais suspeitas são uso político da função e improbidade administrativa.
Silvinei é investigado por, supostamente, ordenar a realização de bloqueios em rodovias para evitar o deslocamento de eleitores e outras condutas consideradas impróprias para seu cargo no período eleitoral. Ele é investigado por solicitar votos para Bolsonaro ao longo da campanha de 2022 e por presentear o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo estampada com o número 22, utilizado pelo ex-capitão nas urnas.
Como chefe da PRF, Vasques teria comparecido a eventos, concedido entrevistas e feito publicações em redes sociais favoráveis ao então presidente. As condutas são proibidas para quem ocupa o cargo. O caso pode levar de advertência à cassação da sua aposentadoria como policial.
Vasques passou quase um ano preso pela suposta tentativa de interferência no segundo turno das eleições para beneficiar Jair Bolsonaro, que disputava a reeleição. Ele deixou cadeia no início de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. Além do ex-presidente, Torres foi indiciado como testemunha.
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