Mercedes-Benz é condenada em R$ 40 milhões por discriminação e humilhação a trabalhadores lesionados

A Mercedes-Benz do Brasil foi condenada pela 11ª Câmara do TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), em Campinas (interior de SP), a pagar R$ 40 milhões em indenização por dano moral coletivo, em razão de atos de assédio e discriminação a trabalhadores. Ainda cabe recurso da ação ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). 

A ação civil pública investigou denúncias de funcionários lesionados que haviam retornado do afastamento e eram isolados e ofendidos por colegas e supervisores. Nos autos, testemunhas afirmam que as ofensas direcionadas aos funcionários lesionados aconteceram por parte de colegas e chefias da fábrica. A montadora defendeu que os fatos não representam a conduta da empresa.

Em um dos depoimentos é dito que um dos funcionários afirma ter sido discriminado racialmente, sendo chamado de “macaco” e entre outros xingamentos e, ao relatar ao supervisor, recebeu suspensão de três dias.

O caso foi ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico e de Fibra Óptica de Campinas e Região. Os desembargadores determinaram o cumprimento de todas as obrigações pleiteadas pelo MPT sob pena de multa de R$ 100 mil por trabalhador vítima de assédio ou discriminação, ou multa diária de R$ 10 mil, a depender do item descumprido.