Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Jornal da Metropole

/

Com postes e árvores sem sinalização, ciclistas enfrentam dificuldades para transitar por ciclofaixas em Salvador

Jornal Metropole

Com postes e árvores sem sinalização, ciclistas enfrentam dificuldades para transitar por ciclofaixas em Salvador

Ciclovia da Rua Conselheiro Pedro Luiz é alvo de reclamações de ciclistas

Com postes e árvores sem sinalização, ciclistas enfrentam dificuldades para transitar por ciclofaixas em Salvador

Foto: Metropress/Filipe Luiz

Por: Laisa Gama no dia 01 de agosto de 2024 às 00:17

Atualizado: no dia 01 de agosto de 2024 às 09:29

Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 1º de agosto de 2024

Diz o ditado que equilíbrio é tudo. Mas quem inventou ele provavelmente não deveria estar levando em consideração ciclofaixas como a da Rua Conselheiro Pedro Luiz, no Rio Vermelho, em Salvador. Nesse caso, além do equilíbrio, o ciclista precisaria também contar com o bom senso de quem projetou a via. Não foi o caso.

Transitar de bicicleta por ela vira quase uma modalidade das Olimpíadas: ciclismo com barreiras. Uma sequência de postes, de árvores, galhos tomando quase toda a largura da ciclofaixa. A impressão é que não conseguiram decidir se transformariam o espaço em uma ciclofaixa ou em um canteiro de ornamentação urbana. E quem passa por ali que dê seus pulos e coloque suas habilidades de desvio de obstáculos à prova.

Procuradas, Transalvador e Secretaria de Mobilidade (Semob) alegam que o projeto foi desenvolvido em conjunto com uma consultoria externa de “experiência internacional”. Na avaliação, “ficou constatado que não haveria a necessidade de remoção dos vegetais, pois há espaço para a passagem de ciclistas nos trechos”. Mas quem passa por ali e esperou meses por aquela obra reclama. 

Jogos urbanos
“A gente está dividindo não só com outros postes, mas também com as árvores, galhos e fica nessa instabilidade. Se a gente cai para o lado, corre o risco de bater no carro que vem […] Acho que foi um pouco de mau planejamento mesmo”, disse um ciclista que passa pelo local para ir ao trabalho diariamente.

O plano cicloviário da Semob estabelece uma largura mínima para ciclofaixas compartilhadas com pedestres, mas o próprio levantamento informa que Salvador possui mais de 37 km de tratamento cicloviário com largura insuficiente. Agora, a prefeitura de Salvador acaba de anunciar um projeto ambicioso: alcançar, até 2034, 700 km de malha cicloviária. O número é mais que o dobro da infraestrutura atual (cerca de 300 km), mas, se seguir a proporção atual, pelo menos mais 40 km não devem ter a largura necessária.