
Internacional
Governo chinês diz que soja do Brasil substitui grãos dos EUA
A China, que é a maior importadora mundial de soja, deve receber uma quantidade recorde da oleaginosa da América do Sul no segundo trimestre deste ano

Foto: Gustavo Mansur/Secom-RS
O governo chinês afirmou, nesta segunda-feira (28), que a soja brasileira pode substituir os grãos dos Estados Unidos (EUA) no abastecimento do país. A declaração foi feita por um alto funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China.
Segundo Zhao Chenxin, vice-diretor da entidade, o fornecimento de grãos da China não será afetado pela perda de importações de grãos forrageiros e oleaginosas dos EUA, uma vez que há substitutos disponíveis no mercado global e reservas internacionais suficientes.
"Grãos americanos como soja, milho e sorgo podem ser facilmente substituídos, e os suprimentos no mercado internacional são bastante suficientes. Mesmo sem a compra de grãos forrageiros e oleaginosas dos EUA, não há impacto significativo no fornecimento de grãos da China", afirmou Zhao, em uma reportagem da Bloomberg.
A China, que é a maior importadora mundial de soja, deve receber uma quantidade recorde da oleaginosa da América do Sul no segundo trimestre deste ano, o que deve aliviar a escassez de oferta e a reduzir os preços da ração animal.
O aumento das importações da América do Sul é consequência direta da estratégia chinesa de diversificar suas fontes de abastecimento desde a eclosão da guerra comercial entre EUA e China, iniciada com a imposição de tarifas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Apesar da safra brasileira ter começado lentamente neste ano, provocando atrasos logísticos e obrigando algumas esmagadoras chinesas a suspender as operações temporariamente, a expectativa é de normalização com a intensificação das entregas.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.