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China exige "respeito e reciprocidade" para retomar diálogo com os EUA sobre tarifas
Internacional
China exige "respeito e reciprocidade" para retomar diálogo com os EUA sobre tarifas
Pequim se queixa de provocações e da ausência de um canal claro de diálogo com Washington, apesar de demonstrar disposição para conversas

Foto: Divulgação/PIXABAY
A China está aberta a negociações comerciais com os Estados Unidos, mas exige que qualquer conversa ocorra com base no “respeito”, além de “maior consistência e reciprocidade” por parte do governo Trump, segundo uma fonte familiarizada com o pensamento do governo chinês.
De acordo com a fonte, antes do anúncio das tarifas por Trump em 2 de abril — apelidadas de tarifas do “Dia da Libertação” —, Pequim já havia designado um negociador para tratar com os EUA, mas não sabia quem era o contato adequado do lado americano.
“Trump pode querer ser seu próprio negociador, mas isso não é compatível com a forma como a China trabalha”, afirmou a fonte, ao destacar diferenças na condução diplomática entre os dois países. Ela também observou que, diante das opiniões agressivas ou hostis de membros do gabinete de Trump sobre a China, o silêncio do presidente indicava tolerância: “O fato de Trump não ter rejeitado tais opiniões sugere que ele as tolera, apesar de suas afirmações públicas sobre respeitar e gostar do líder chinês Xi Jinping”.
O governo chinês reagiu com críticas aos comentários recentes do vice-presidente dos EUA, JD Vance, que disse em entrevista que “a economia globalista” se baseava em “incorrer em uma enorme quantidade de dívidas para comprar coisas que outros países fazem para nós”. Na mesma fala, Vance acrescentou: “Pedimos dinheiro emprestado aos camponeses chineses para comprar as coisas que esses camponeses chineses fabricam”, o que provocou indignação nas redes sociais chinesas.
Ainda segundo a fonte, a China espera que os Estados Unidos também levem em conta suas preocupações, especialmente em relação às restrições tecnológicas e à questão de Taiwan. “A China não quer mais ‘provocações’ por parte de Washington”, disse, ressaltando os esforços chineses para lidar com demandas americanas, como o combate ao fluxo de fentanil.
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