Rei da Jordânia recusa proposta de Trump e diz que não receberá palestinos

O rei Abdullah II da Jordânia rejeitou, nesta terça-feira (11), a proposta de enviar todos os palestinos da Faixa de Gaza para a Jordânia e o Egito, durante encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump. Apesar disso, declarou que receberia cerca de 2 mil crianças palestinas doentes e precisando de ajuda. O líder estadunidense disse ter intenção de controlar o enclave palestino.

A reunião, considerada “tensa”, ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump reiterou planos para deslocar os 2 milhões de palestinos de Gaza, propondo transformar a área em parte de seu futuro Estado. Abdullah, antes do encontro fechado, declarou acreditar que Trump buscava a paz na região. O Egito também rejeitou a proposta, defendendo a reconstrução de Gaza com a presença palestina e garantia de seus direitos.

Além disso, o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, adiantou que sua visita a Washington foi adiada devido à oposição aos planos de Trump. A proposta alterou o cenário do conflito, favorecendo Israel. Trump, também, deu ultimato ao Hamas para liberar todos os reféns israelenses até sábado, caso contrário, enfrentariam graves consequências.

Após a reunião, Abdullah reafirmou a posição da Jordânia contra o deslocamento dos palestinos e destacou a importância da reconstrução de Gaza, sem que sua população fosse retirada. O rei anunciou ainda que a Jordânia acolheria mil crianças palestinas doentes, gesto elogiado por Trump, que recuou de sua ameaça de suspender a ajuda americana ao país.