Petroleiras seguem Google e passam a usar termo “Golfo da América”

O Google passou a sugerir "Golfo da América" para usuários brasileiros que pesquisam sobre o Golfo do México, nesta segunda-feira (10). A mudança seguiu um aviso sobre a alteração do nome geográfico, emitido pela Administração Federal de Aviação dos EUA.  A ferramenta Google Maps também passou a exibir Golfo da América entre parênteses na região, após a adoção oficial da nomenclatura pelo país norte-americano.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, chegou a enviar uma carta ao diretor-executivo do Google, Sundar Pichai, para pedir que a empresa não renomeasse o golfo. Segundo a líder mexicana, os Estados Unidos não podem mudar o nome legalmente porque a Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar determina que o território soberano de um país se estende só até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) a partir da costa.

Hoje, pela primeira vez, a empresa britânica BP, que opera no setor de energia, assinou a nomenclatura Golfo da América em seu relatório financeiro para se referir às operações realizadas na região, com retroativos, semelhante ao vazamento de óleo ocorrido em 2010. Divulgado em 31 de janeiro, a Chevron, petroleira americana, também utilizou o novo nome em seu último balanço, referente ao quarto trimestre de 2024.

Cercado por terras da América do Norte e da América Central, o Golfo do México é o maior golfo do mundo, contendo aproximadamente 1,55 milhão de km² e o subsolo rico em petróleo. Nas redes sociais, Trump comemorou a alteração da nomenclatura. “GOLFO DA AMÉRICA!”, escreveu, em seu perfil na Truth Social, junto com uma captura de tela do corpo d’água com o novo nome sendo exibido.