Morte de John Kennedy abalou o mundo, e Brasil decretou luto de três dias oficiais

A morte do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, há 60 anos, repercutiu em todo mundo. No Brasil, o presidente da época, João Goulart, decretou três dias de luto pelo assassinato do norte-americano. 

Goulart mandou que o embaixador Roberto Campos retornasse a Washington para que prestasse suas condolências pessoalmente aos familiares de Kennedy. Também enviou uma mensagem a então primeira-dama dos EUA, Jacqueline Kennedy, em que afirmava que a dor dela era “partilhada neste momento por todos os brasileiros, cujo sentimento exprimo com a maior emoção".

Na Inglaterra,  a rainha Elizabeth II enviou um comunicado de pêsames para a viúva e a Casa Branca. “Esta noite temo que não haja conforto que eu possa trazer ao povo americano ... nem mesmo aos homens de qualquer lugar que se preocupam com a tolerância, liberdade, justiça e paz”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Alexander Douglas-Home, logo após a confirmação da morte.

O assassinato

Eram 12h30 de uma sexta-feira, há 60 anos, que ficaria marcada na história. Em cima de uma limusine e enquanto desfilava para cerca de 250 mil pessoas em Dallas, Texas. Foi dessa forma que o 35º presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, foi mortalmente ferido. Ao ver o tiro, Jacqueline Kennedy, sua esposa, acalentou sua cabeça nas mãos e gritou.

Fizeram de tudo para tentar salvá-lo, mas em vão. Às 13h do mesmo dia, ele foi declarado morto. O principal suspeito apontado pelas investigações foi Lee Harvey Oswald, de 24 anos. 

Lee Harvey era um fuzileiro naval que havia desertado para a União Soviética, mas que acabou por retornar aos EUA. A princípio, ele negou a autoria dos crimes, e depois foi levado à cadeia municipal da cidade. Ele nunca chegou a ser julgado, isto porque dois dias depois, enquanto era transferido para a cadeia estadual, foi baleado e morto por Jack Ruby, dono de uma boate em Dallas durante uma transmissão ao vivo para televisão.

A morte de JFK chocou o mundo e levantou inúmeras teorias, que até hoje repercutem, a cada vez que as autoridades norte-americanas decidem liberar documentos que antes eram sigilosos. Um dos inúmeros documentos da investigação feita pela CIA aponta que o atirador teria se reunido com um espião da KGB, agência de inteligência soviética, alguns meses antes do assassinato.

Reportagem especial da Rádio Metropole relata mais detalhes sobre o assassinato de John F. Kennedy (escute aqui).