Esportes
PSG admite ter praticado racismo em categorias de base do clube
O caso foi divulgado hoje pelo portal Football Leaks
Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
O Paris Saint-German admitiu hoje (8) casos de racismo no setor de recrutamento das categorias de base nos últimos anos. O clube francês foi acusado pelo Football Leaks, portal responsável pelo vazamento de informações confidenciais relacionados ao esporte.
Em nota, O PSG admitiu que a equipe praticou discriminação racial no recrutamento de base, mas disse não ter conhecimento de um sistema de divisão étnica dos atletas.
"O Paris Saint-Germain confirma práticas ilegais cometidas pelo sistema de recrutamento do seu centro de treinamento, dedicados a atletas de fora do Ile de France. Essas práticas são de responsabilidade exclusiva do chefe deste departamento. A direção geral do clube nunca teve conhecimento de um sistema de registro étnico dentro de um departamento de recrutamento, nem possuía um. Essas práticas traem o espírito e os valores do Paris Saint-Germain", afirmou o clube.
De acordo com o diário francês Mediapart, documentos divulgados pelo Football Leaks afirmam que o time possuía um método de classificação de atletas recrutados com base nas suas etnias.
O portal afirma que o PSG dividia os jogadores com potencial para serem recrutados pelos seus observadores em quatro subgrupos: Francês (branco), Norte Americano, Das Antilhas e Africano (negro).
Sob a segregação, comandada pelo dirigente Marc Westerlopp, chefe de recrutamento de atletas das categorias de base, apenas um negro foi contratado entre 2013 e este ano. Yann Gboho, marfinense de 17 anos, integrou a base do Paris Saint-German como meio-campista, mas foi dispensado aos 13 anos por causa de sua cor. Na época, o caso foi encoberto pela diretoria do clube “para evitar escândalos”.
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