
Esportes
Racismo na Libertadores: CBF e clubes exigem punição após ataque a Luighi
O atacante do Palmeiras foi vítima de racismo durante a partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai

Foto: Fabio Menotti | Palmeiras
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os clubes Corinthians, Santos, São Paulo e Vitória se juntaram ao Palmeiras na cobrança por medidas rigorosas contra o racismo no futebol. A ação foi motivada após o atacante Luighi, destaque do time sub-20 do Palmeiras, ter sido vítima de racismo durante a partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Copa Libertadores. O caso ocorreu na última quinta-feira (6) quando um torcedor imitou um macaco em direção ao jogador, que também foi alvo de uma cusparada ao se dirigir ao banco de reservas.
Após o apito final, Luighi fez um desabafo emocionado sobre o ocorrido. O jogador questionou o tratamento dado ao episódio. "O racismo que fizeram comigo... é sério? Até quando a gente vai passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime. Você (entrevistador) vai perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF? Não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? O que fizeram foi um crime. Aqui é formação, estamos aprendendo", afirmou.
Além dos clubes paulistas, outras equipes do futebol brasileiro também se manifestaram nas redes sociais, protestando contra o racismo e exigindo o fim da impunidade em relação a atos criminosos no esporte. O Esporte Clube Vitória reafirmou “sua luta diária contra a discriminação”. “Nossa cidade, a mais negra do mundo fora da África, repudia veementemente qualquer ato de racismo”, escreveu.
Em nota oficial, a CBF diz já ter tomado as devidas providências sobre o caso. "A CBF repudia a ofensa racista sofrida pelo atacante Luighi, do Palmeiras, no Paraguai. A entidade já acionou a Diretoria Jurídica e fará uma representação à Conmebol cobrando rigor nas punições. O protesto será feito ao presidente Alejandro Dominguez e à Comissão Disciplinar da entidade que comanda o futebol na América do Sul", pontuou.
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