Esportes
Técnico do JC Amazonas é preso no Estádio de Pituaçu após denúncia de racismo contra jogadora do Bahia
Caso aconteceu nesta segunda-feira (8), após partida que marcava o retorno do time feminino do Bahia à elite do futebol brasileiro feminino
Foto: Letícia Martins/EC Bahia | João Normando/Esporte Manaus
A noite que era para ser de celebrações por marcar o retorno da equipe feminina do Esporte Clube Bahia à primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino foi interrompida por um caso de agressão e racismo. A jogadora tricolor Suelen foi agredida com injúrias raciais pelo treinador Hugo Duarte, do JC Amazonas. O acusado foi conduzido por uma equipe do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE) e autuado em flagrante.
Ao final da partida entre as mulheres do Esquadrão de Aço e a equipe amazonense, no Estádio de Pituaçu, na noite desta segunda-feira (8), uma atleta do time adversário iniciou uma confusão ao agredir as mãos da técnica Lindsay Camila. Tentanto defender a treinadora, a meia-campista Suelen sofreu, repetidamente, agressões raciais ao ser chamada de “macaca” pelo técnico do time rival. Além da agressão à meia-campista, Duarte agrediu e puxou outras jogadoras tricolores pela camisa. As cenas foram testemunhadas e relatadas ao Metro 1 por um funcionário do clube. De acordo com ele, as jogadoras do clube choraram e ficaram muito abaladas com toda a situação. Para Suelen, em especial, a situação foi recebida como um choque. "Ela ficou muito mal com todas as agressões sofridas", contou.
Ainda em campo, a Polícia Militar foi acionada e uma equipe do BEPE fez a prisão em flagrante do técnico portguês, que está preso e à disposição da Justiça. Vitor Ferraz (diretor do Bahia), Arivan Gomes (cordenador de Performance e Saúde), quatro atletas do Tricolor que foram testemunhas, além de Suellen, passaram a madrugada na 1ª Delegacia Territorial, no bairro do Barris, prestando depoimento sobre o caso de agressão e racismo.
Em nota, o Bahia prestou solidariedade à atleta e reinterou o compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação. O JC Amazonas, por meio de suas redes sociais, afirmou que “repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa” e ressaltou que está averiguando “todas as informações necessárias dos acontecimento ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja qualquer informações infame ou caluniosas".
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