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"Fui mendigo ganhando R$ 25 mil por mês de direitos autorais", lembra Juninho do Banjo, ex-Katinguelê

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"Fui mendigo ganhando R$ 25 mil por mês de direitos autorais", lembra Juninho do Banjo, ex-Katinguelê

O músico falou sobre o envolvimento com as drogas e como elas prejudicaram sua carreira e sua vida

"Fui mendigo ganhando R$ 25 mil por mês de direitos autorais", lembra Juninho do Banjo, ex-Katinguelê

Foto: Reprodução YouTube

Por: Metro1 no dia 20 de junho de 2024 às 10:10

O músico e compositor Juninho do Banjo, ex-membro e autor de vários sucessos do Katinguelê, grupo de grande sucesso do pagode dos anos 1990, contou em depoimento recente em seu no YouTube, como a dependência química prejudicou sua vida e sua carreira. "Eu era um mendigo que ganhava 25 mil por mês de direitos autorais", disse. 

Criador de músicas como "Inaraí" e "Lua Vai", hits que impulsionaram vendagens extraordinárias, Juninho começa revelando que conheceu as drogas aos 12 anos de idade, ainda no colégio, em 1982. E completa: "Lá na frente, já no grupo Katinguelê, com a fama, disco de ouro, programa de tv, quando vi a droga surgiu mais uma vez na minha vida. Dessa vez a cocaína". 

O artista disse ainda que sua relação com a droga era patológica, diferente da de outros músicos. "Então eu ia pro show, tinha que usar. Saía do show, tinha usar. Chegava em casa, tinha que usar". E que os companheiros o aconselharam diversas vezes, em vão. "Salgadinho me dava conselhos, os colegas todos". 

Até que chegou o ponto em que a situação ficou insustentável, pela incapacidade de cumprir compromissos e a agitada agenda da banda. "Me pediram pra escolher: ou a droga ou o grupo. E como eu não tinha capacidade pra ficar no grupo, fiquei com a droga". 

Juninho diz que o período de sua saída coincidiu com o auge do movimento pagodeiro no Brasil. E, como ele tinha sucessos gravados e as vendagens dispararam, deu-se a situação esdrúxula de conciliar a vida nas ruas, em dependência química, com uma remuneração considerável. 

"A Warner Music começou a investir pesado. Foi aquele boom. Minhas músicas começaram a tocar e render muito dinheiro. Só que eu, nas drogas, já não quis ficar também na casa da minha mãe e, resumo da ópera, fui pra rua. Morei nas ruas de São Paulo por 2 anos e meio. Virei mendigo", conta. 

E continua: "O Brasil inteiro cantando minhas músicas, cheguei a ganhar de 25 a 30 mil reais por mês de direitos autorais". 

Para ter acesso ao pagamento, era uma verdadeira saga. "Eu chegava todo sujo no escritório, fedendo. Não tinha documento, mas todo mundo me conhecia. Aí o diretor financeiro tinha que ligar pro gerente do banco e explicar a situação, me mandava com um cheque. Só que eu não ia sozinho. Os mendigos da rua, que viviam comigo, os doidão, noia... ia todo mundo comigo. E ficava aquele tumulto dentro do banco", relembra.