
Economia
Banco Central aumenta taxa Selic para 14,25%, maior patamar desde governo Dilma
Com a inflação em alta, a instituição tem optado por aumentar a Selic

Foto: Rafa Neddermeyer
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19) elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25%. Este é o maior patamar desde a crise do governo Dilma, em 2015 e 2016, quando a taxa também alcançou 14,25%.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, servindo de referência para calcular as taxas de empréstimos bancários e financiamentos, por exemplo. Logo, com a Selic alta, o crédito também fica mais custoso.
O comitê informou em comunicado que a expectativa é uma nova alta para a próxima reunião, porém, em um nível menor do que este, de um ponto percentual. Esta é a quinta alta seguida na Selic.
Para definir os juros, o BC atua com base no sistema de metas de inflação. Se as projeções estão em linha com a meta, de 3% ao ano, é possível baixar os juros. Se estão acima, a tendência é de manutenção ou alta da Selic. Com a inflação em alta, a instituição tem optado por aumentar a Selic. Segundo o BC, os motivos da inflação são:
- a resiliência do nível de atividade;
- o mercado de trabalho aquecido;
- a alta de gastos públicos; e
- o cenário internacional, que tem pressionado o dólar.
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