Economia
Relator muda regras na PEC do corte de gastos para supersalários
Verbas indenizatórias serão reguladas por lei ordinária
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos, Moses Rodrigues (União-CE), fez alterações na proposta original do governo. Ele estabeleu que os rendimentos deveriam ser definidos por lei ordinária, e não por lei complementar – que precisa de maioria absoluta (257 votos), aprovada pelo Congresso Nacional.
O limite de R$ 44.008,52 para o setor público é o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Os magistrados têm a maior remuneração dentre o funcionalismo. “Embora já exista o teto constitucional do funcionalismo público, o que muitos setores não respeitam, há os abonos, os penduricalhos, especialmente no Judiciário, nas Forças Armadas e, em menor aspecto, também nos executivos e legislativos”, comentou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
A proposta faz parte do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo para limitar o crescimento de despesas, adequando os gastos ao novo arcabouço fiscal, que impõe um teto de gastos ao setor público.
Um requerimento prévio à apreciação do mérito da proposta teve apoio de 294 deputados no plenário, o suficiente para aprová-lo, mas um número abaixo dos 308 requeridos para uma mudança constitucional. Diante do termômetro desfavorável ao governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encerrou os trabalhos e convocou nova sessão para esta quinta-feira (19).
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