Cultura
Tradição, fé e união: fiéis sobem Colina Sagrada para agradecer ao Senhor do Bonfim
As festividades em devoção ao Senhor do Bonfim reuniram milhares de pessoas nesta quinta-feira (16), de diversos lugares do Brasil e do mundo, em uma caminhada para subir a Colina Sagrada do Bonfim
Foto: Metropress
A Lavagem do Bonfim é uma das maiores manifestações religiosas e culturais da Bahia. Nesta quinta-feira (16), as festividades em devoção ao Senhor do Bonfim reuniram milhares de pessoas, de diversos lugares do Brasil e do mundo, para subir a Colina Sagrada do Bonfim, em Salvador. Em uma mistura de fé, tradição e união, famílias, amigos e até pessoas sem companhia vão na fé, vestidos de branco, agradecer e fazer seus pedidos na comemoração do Sagrado e Profano.
A fé que transcende limites
Dona Maria é um claro exemplo de fiel que não mede esforços para marcar presença nas festividades. Em entrevista ao Repórter Metropole, a senhora revelou que fez uma cirurgia há 2 meses, mas, mesmo assim, não se via longe da Lavagem do Bonfim. Tinha que estar lá, revelou. “Com muita fé, com muito amor, venho pedindo a ele [Senhor do Bonfim] a minha saúde. E alcancei”, diz dona Maria. É na crença, na fé, nos pedidos e na união que os fiéis fazem o mar de branco. Ansiosa, dona Maria segue no evento com sua neta, aguardando pelo outro neto que vem de São Paulo.
Outro que vai agradecer é seu Jorge Batatinha. Ao Senhor do Bonfim, ao pai Oxalá, o homem agradece por ter conseguido sobreviver a uma situação que quase tirou a sua vida e o deixou internado. Batatinha ainda diz que “a fé é importante para todos nós que somos irmãos, independente de religião. Religião africana, Catolicismo, a Umbanda, o Candomblé, os Batistas…”. Não poderia passar pela reportagem sem deixar a sua mensagem de união. Afinal, indiscutivelmente, a união é um elemento essencial em um momento de fé compartilhada, onde diferentes crenças se encontram em um único ato de devoção.
Em uma coincidência maravilhosa, o Repórter Metropole encontrou Tita, mãe de Victória Alves, jornalista que passou pela Metropole. Hoje, ela agradece pela filha que está de volta ao seu lar, a Bahia. Pedindo axé, caminhou até chegar à Colina Sagrada, como tantos outros devotos. Tita caminhou pela fé, pelo sagrado e chegou no profano. Agora, vai tomar sua cervejinha. Nada mais justo.
A fé que une
A Lavagem do Bonfim vai além das fronteiras religiosas e se torna um poderoso símbolo de solidariedade, união e resistência. A diversidade de crenças e origens revela a força de uma cultura plural, onde a fé se manifesta de diversas formas, mas sempre com um propósito em comum: fortalecer os laços de esperança e devoção, celebrando a riqueza que só a fé pode proporcionar.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.