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Olodum na avenida: bloco estreia no Carnaval de 2024 nesta sexta-feira com tradicional saída no Pelourinho

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Olodum na avenida: bloco estreia no Carnaval de 2024 nesta sexta-feira com tradicional saída no Pelourinho

Após iniciar o desfile na Casa do Olodum, o grupo seguirá para o Circuito Osmar (Campo Grande), com concentração prevista para às 19h

Olodum na avenida: bloco estreia no Carnaval de 2024 nesta sexta-feira com tradicional saída no Pelourinho

Foto: Olodum/Divulgação

Por: Leticia Alvarez no dia 09 de fevereiro de 2024 às 15:54

Atualizado: no dia 09 de fevereiro de 2024 às 16:03

Em 2024, o Olodum faz sua estreia no Carnaval de Salvador nesta sexta-feira (9) com o tema “Wodaabe - O povo do sorriso”. A intenção do bloco é contar a história de “beleza, diversidade e poder feminino” oriunda deste povo nômade, encontrado em países africanos como Níger, Nigéria, Camarões e Chade. 

Tradicionalmente realizada no Pelourinho, onde o Olodum foi fundado 45 anos atrás, a saída do bloco está prevista para acontecer às 16h, na Casa do Olodum, sede da entidade. Na sequência, o grupo tomará as ruas do Circuito Osmar (Campo Grande), onde tem concentração prevista para às 19h.

Nos bailes da vida

Criado, estabelecido e preservado no Pelourinho, o Olodum nasceu em 1979 como uma alternativa para que os moradores do bairro também pudessem aproveitar o Carnaval. Na época, o batuque era sinônimo de incômodo à alta sociedade soteropolitana, haja vista as críticas que eram feitas aos blocos afoxés da Barroquinha, Taboão e Baixa de Sapateiros.

Mas o Olodum vingou, se tornou símbolo não só do Carnaval, mas da sonoridade de Salvador. Ao longo de quatro décadas, emplacou sucessos como ‘Madagascar’, ‘Faraó: Divindade do Egito’, ‘Protesto Olodum’, ‘Nossa gente (Avisa lá)’ e ‘Vem meu amor’.

Desde o início da sua história, a instituição também abraçou o papel de movimento social na luta contra o racismo. Para Linda Rosa, diretora-geral da Escola do Olodum, a entidade foi essencial para sua formação como pessoa e profissional. “Passei por muitos processos dentro do Olodum. Com 9 anos de idade fui aluna da turma de dança, onde eu pude ter o primeiro contato com a cultura e educação afro-brasileira, principalmente letramento racial”, contou ao Metro1.

“O Olodum me deu direcionamento para a mulher que sou hoje, saber onde eu quero chegar, saber me colocar, me posicionar, comunicar e autoafirmar. É o primeiro projeto sociocultural do país, que foi fundado em 1983 e tem 40 anos, é um projeto que educou, formou e conscientizou milhares de crianças e jovens. Ele impacta diretamente na renda, na educação, na socialização dessas pessoas e é um divisor de águas”, acrescentou.