Gereba revela mágoa por não ser lembrado no museu da música de Salvador

O cantor e compositor Gereba revelou uma certa mágoa por não ser mencionado no museu da música de Salvador. Ele lembrou do projeto Carnaforró, quando trouxe Luiz Gonzaga para puxar um trio elétrico de forró durante o Carnaval. O desfile ocorreu em 1986 no trajeto da Barra até o Morro do Cristo. 

“Na semana de 13 de dezembro fui à fazenda dele (Luiz Gonzaga) e lá, em uma tarde solene, eu fiz o convite para ele participar do primeiro trio elétrico a rodar pela orla, porque na orla não tinha trio elétrico. Em 1986 nós tivemos o prazer de fazer do Porto da Barra até o Cristo, tinha mais de 100 mil pessoas atrás. Foi fundamental porque nós abrimos o circuito barra-ondina”, lembra Gereba. 

O artista diz que este foi o seu legado para o Carnaval e a música da Bahia. “Esse que foi o nosso legado e aí desobstruiu o centro da cidade. Conseguiu deslocar o Carnaval do centro para a orla marítima, que é o nosso legado aí para isso tudo”, afirma. 

Gereba lamenta não ter sido lembrado no museu da música. “Embora nunca tenha sido mencionado em livro, nunca foi publicado. Eu soube que tem um museu da música em Salvador e esse museu nem se refere à gente. A gente criou o circuito Barra-Ondina praticamente e tem o museu da música que não tem nada sobre a gente”, declara.

“Já soube que teve gente que fez discurso lá, falando ‘Que sacanagem é essa? O cara praticamente criou o circuito Barra-Ondina e não está citado, não existe’. É um negócio que a gente às vezes fica assim sentido com as coisas da Bahia, mas tá aí, né?”, completa. 

Gereba toca no próximo dia 24 de junho no Pelourinho com um repertório repleto de canções Luiz Gonzaga e músicas em homenagem a Dominguinhos que estarão em seu novo disco.