Cultura
Em entrevista, Gerônimo conta como pen-drive perdido fez criar novo show cantando Paulo Diniz
“Gerônimo Canta Paulo Diniz" toda quinta de quinze em quinze dias, a partir de 26 de maio, às 21h
Foto: Reprodução
O cantor e compositor Gerônimo Santana foi entrevistado nesta sexta-feira (6) na Rádio Metropole. Ele comentou a história de alguns de seus sucessos e também seu projeto que revisita Paulo Diniz.
Gerônimo conta que a ideia do projeto nasceu quando encontrou um pen drive perdido, que seria descartado. Curioso, ele descobriu que nele havia músicas da época da Jovem Guarda, com sucessos de Paulo Diniz. "Relembrei bons momentos de quando era jovem", disse ao Jornal da Cidade.
Agora, “Gerônimo Canta Paulo Diniz" toda quinta de quinze em quinze dias, a partir de 26 de maio, às 21h. Será uma série de shows no Estúdio Porão, no Costa Azul, em Salvador. Logo após Gerônimo quem se apresenta é a banda Limousine, com repertório da Jovem Guarda. "O local é um porão mesmo, que cabe apenas 130 pessoas. A gente vai estar lá fazendo não só minhas músicas mas também cantando as coisas de Paulo Diniz. Eu introduzi os meus sopros e acredito que ficou legal mesmo", diz.
O pernambucano Paulo Diniz, de oitenta anos, é autor de sucessos como ” I wanna to go Back to Bahia”, “Bahia Comigo”, “Ponha um Arco Íris na Moringa”, Pingos de Amor e Piripiri.
Questionado por ouvintes do Jornal da Cidade, Gerônimo contou a história da música 'Agradecer e Abraçar'.
"Vevé [Calazans] me convidou para morar com ele em sua casa. Ele estava duro e eu também. Sem um tostão no Rio de janeiro. Um dia, um rapaz bateu na porta procurando artistas para fazer uma gravação, e iria pagar por isso. Nós fizemos três músicas para o cara, e ele gostou. Era uma música sertaneja, um Rock & Roll tipo Jovem Guarda, e a terceira música era uma valsa. Vevé me disse: 'rapaz esse dinheiro chegou na hora certa, vamos ao supermercado'. Eu disse 'não'. 'Vamos ao mar e vamos levar meia dúzia de rosas, vamos agradecer e abraçar porque foi a onda do mar que fez com que a gente fizesse isso'. Falei isso no caminho da casa dele em Copacabana, a gente foi fazendo a música e ela ficou pronta. Mandamos a música como samba e não colou aí a gente mudou para afoxé. Ela era 'abracei o mar' e passou a ser Agradecer e Abraçar", conta. E continua: "Maria Betânia arrasa com essa música de uma forma que eu não tenho como mensurar, lindo. Depois ela ainda fez um show: Abraçar e Agradecer, pra não ficar igual".
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