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120 dias após promessa, Estrada Velha do Aeroporto não tem previsão de reforma
Construída na década de 1940, durante a 2º Guerra Mundial, a Av. Aliomar Baleeiro serviu de rota estratégica para ligar a Base Aérea, na região de Lauro de Freitas, à Base Naval, no Subúrbio Ferroviário. Com o fim da guerra, o trajeto de cerca de 20 km [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Construída na década de 1940, durante a 2º Guerra Mundial, a Av. Aliomar Baleeiro serviu de rota estratégica para ligar a Base Aérea, na região de Lauro de Freitas, à Base Naval, no Subúrbio Ferroviário. Com o fim da guerra, o trajeto de cerca de 20 km ficou conhecido como Estrada Velha do Aeroporto e passou a ser essencial na ligação dos bairros próximos da Av. Luiz Viana Filho a localidades como Cajazeiras, Fazenda Grande e a BR-324.
Com a expansão da cidade, a estrada não comportou o fluxo de veículos, e começaram a surgir inúmeros problemas causados pela falta de manutenção. O motorista que precisa passar pela Estrada Velha tem de ter atenção com buracos, falta de iluminação adequada e carros abandonados.
Como se não bastasse o risco aos motoristas, os moradores também reclamam da falta de infraestrutura. “Continuamos em meio ao esquecimento. Várias ruas sem asfalto, pouca iluminação, sem caixa coletora de lixo. Na minha rua, estamos aguardando desde junho, quando houve um deslizamento que tomou a maior parte da rua e, até agora, nada de contenção”, reclama Taiana Cunha.
Por conta do caos, a Estrada Velha do Aeroporto era tida como prioridade na gestão do secretário de Infraestrutura e Defesa Civil de Salvador, Paulo Fontana. Em entrevista à Metrópole, em julho de 2015, o secretário afirmou que a pasta estava finalizando um projeto de revitalização para a área. Mas nada saiu do papel.
Nem medidas paliativas
Paulo Fontana reconhece que o projeto não teve seguimento e justifica a morosidade pela crise financeira enfrentada pelo país. “O projeto foi desenvolvido em 16 km da Estrada Velha do Aeroporto com aumento do caixão de base, iluminação, mas só que o orçamento deu muito alto, R$ 76 milhões. Então, nesse momento de crise, o prefeito ponderou a impossibilidade de intervir de maneira integral na estrada”, afirmou.
Sem a possibilidade da obra completa e com o atual panorama de degradação da via, ao menos uma medida paliativa será feita no local, correto? Nem tanto. O orçamento está em andamento, mas não há garantia de que será aplicado. “Está sendo feito um levantamento e, daqui a uns 30 dias, a empresa deve nos encaminhar uma proposta”, disse Fontana. Procurada pela Metrópole, a Secretaria de Manutenção (Seman) afirmou que realizou uma inspeção, mas repassou o problema para a Secretaria de Infraestrutura. Moradores e motoristas continuam aguardando solução...
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