Cidade
Ex-cliente da Monobloco, advogado teve quase toda família enganada pela empresa
Gerente das lojas Monobloco, Andrei Amorim afirmou que problemas relatados pelos ouvintes aconteceram em gestões passadas
Foto: Reprodução/Google Street View
João, Manoel, Claudia e Roberto, todos ouvintes da Rádio Metrópole, concordam em uma coisa: o serviço da Monobloco Pneus — empresa que presta serviço em veículos — não é o mais correto. As acusações são as mais diversas: vão desde venda casada, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor, até falso diagnóstico de problemas no automóvel.
“Comprei dois pneus na Monobloco e tive que brigar com os funcionários pra conseguir sair de lá só com o serviço que solicitei”, afirmou o ouvinte Ednilton Brito.
Izael Celestino da Silva também não tem boas recordações da empresa. “Fui com meu carro. Comprei o pneu e o serviço de montagem era gratuito. Coloquei para alinhar e balancear e ela disse que iria ter que fazer cambagem [um procedimento que conserta angulação das rodas do carro]. Eu fui em outro lugar e não tinha nada disso. Fiz meu serviço simples e barato. Não volto lá nunca mais”, afirmou.
Site promete serviço barato
Se o cliente estiver pesquisando pelo serviço de balanceamento e alinhamento, pode se deparar com o site da Monobloco Pneus. Na internet, os preços são anunciados a partir de R$ 29,90.
O difícil, segundo relatos, é conseguir entrar e sair na loja apenas com o que foi contratado.
Além disso, outros serviços ajudam a “chamar” o cliente em potencial que, no final das contas, ganha uma bela dor de cabeça na sua vida: pneu aro 13 de R$ 149 e aro 16 de R$ 239.
Família quase foi enganada pela Monobloco
Advogado e ouvinte da Metrópole, Caio Lemos quase teve toda família ludibriada pela Monobloco. “Eu levei meu carro e condenaram. Meu irmão passou pelo mesmo”, conta. A mais recente vítima foi matriarca da família. “A mesma coisa com minha mãe. Ela levou o carro e o cara de um orçamento de qual R$ 2 mil reais. O carro de minha mãe é novo. Não tinha nada do que eles falaram. Eles tentaram enganar minha família”, relata. O advogado lamenta a postura da empresa, que, segundo ele, já foi referência em Salvador.
Prática criminosa
Advogado, Saulo Daniel alerta para a ilegalidada da prática de venda casada. “A venda casada é considerada uma prática abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor, que proíbe expressamente que um fornecedor comercialize produto ou serviço condicionando sua compra à compra de outro ou de uma quantidade maior do mesmo, sem que haja uma justa causa”, explica.
Empresa culpa gestão passada
Gerente das lojas Monobloco, Andrei Amorim afirmou que problemas relatados pelos ouvintes aconteceram em gestões passadas, mesmo com os relatos recentes. “Estou na gestão tem dois anos. No passado tinha essa dúvida dos clientes, mas a minha gestão fez uma mudança de 90% do quadro. Os clientes saem satisfeitos”, disse. Ainda de acordo com Amorim, “tem muita gente magoada com o passado da empresa” que ele hoje administra.
Leia essa e outras matérias no Jornal da Metrópole dessa semana.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.