"Policial será responsabilizado por burocracia na DEAM", diz delegada

Após uma denúncia de uma ouvinte na Rádio Metrópole, vítima de violência doméstica e que não conseguiu realizar uma queixa, a delegada Eleneci Nascimento, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), em Brotas, afirmou em entrevista que burocracia não é a proposta da unidade. "Ela pode me procurar que estou disponível para corrigir esse engano e otimizar o trabalho da delegacia", falou Eleneci.

Segundo a ouvinte, ela sofre agressões do companhairo e a filha, que é portadora síndrome de Down, também é vítima da situação. Ontem (13) ela tentou realizar a queixa e não conseguiu, pois na unidade foi informada que precisaria de três tesmunhas. "Chamei uma viatura na minha casa, fui na DEAM, com pouco de coragem que tenho e me esbarrei com essa questão. Qual o vizinho ou colega que vai querer se meter em briga de casal? Como alguém pode saber o que se passa na minha casa? Na rua meu marido é outra pessoa", desabafou a ouvinte.

A Drª Eleneci disse que a delegacia tem uma equipe disciplinar e que quando a mulher chega para fazer a queixa, ela primeiramente deve ser atendida por uma assistente social e como esse tipo de ocorrência é durante as madrugadas, é necessário uma testemunha ocular, mas o registro deve
ser feito. Em seguida é encaminhado à justiça e ao Ministério Público que vai avaliar se os elementos ofertam ou não a denúncia. "Esse fato de exigir testemunha é para ter um contato no momento posterior, mas o policial será responsabilizado", falou a delegada.

A DEAM existe há 29 anos. No Estado são 13 unidades: duas na capital (Brotas e Periperi), duas na RMS e as demais no interior.