Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 27 de julho de 2024

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

Ambientalistas reclamam de nova Louos de Salvador

Cidade

Ambientalistas reclamam de nova Louos de Salvador

A aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU) pela Prefeitura e o avanço da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) na Câmara de Vereadores geraram reações opostas: enquanto o Poder [Leia mais...]

Ambientalistas reclamam de nova Louos de Salvador

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 22 de agosto de 2016 às 11:00

A aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU) pela Prefeitura e o avanço da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) na Câmara de Vereadores geraram  reações opostas: enquanto o Poder Municipal exalta o desenvolvimento da cidade, ambientalistas questionam grande parte das alterações. 

Segundo estes últimos, a Louos abre precedente para a exploração imobiliária em Áreas de Proteção Permanente (APP) na região de Patamares e Pituaçu. Com isso,  duas áreas seriam diretamente ameaçadas: o Parque Metropolitano de Pituaçu e o Municipal do Vale Encantado. 

“Grande impacto”
Representante do grupo SOS Vale Encantado, Carol Lorenzo explica que o Parque homônimo foi criado em 2007, como forma de contrapartida ambiental após o desmatamento de área de Mata Atlântica na região da Av. Paralela por empreendimentos imobiliários.  Mas nove anos depois, o espaço estaria novamente ameaçado. “O Parque não pode mais perder nenhum milímetro de área. Já existe uma área ao redor, liberada para os empreendimentos, que causou um grande impacto”, explica.

Mudanças abririam espaço para nova via
Outros dois fatores que colocariam em risco o que ainda resta de Mata Atlântica na região seriam a reativação do projeto da Av. Atlântica, que passaria por toda a Paralela até a Av. Luís Eduardo Magalhães, e outra intervenção idealizada pela Prefeitura. “Estão fazendo uma zona de amortecimento de águas pluviais no Vale, porque lá funciona como uma grande piscina. Isso evitaria alagamentos na região. Só que nós questionamos, porque, por se tratar de uma área de proteção, pode causar um impacto irreversível. A gente quer saber qual será o impacto. Daqui a pouco, vão querer liberar a Avenida dizendo que é utilidade pública”, afirmou Carol Lorenzo ao Jornal da Metrópole. 

Sucom nega precedente perigoso
O secretário de Urbanismo de Salvador, Sérgio Guanabara, nega a degradação das áreas e explica que o novo PDDU dá mais segurança à APP. “Neste PDDU, a gente incluiu o parque como unidade de conservação, como forma de deixar claro que não pode haver nenhuma edificação”, afirma. 
Ainda segundo ele, a Av. Atlântica está prevista para “um dia, se houver necessidade”. No entanto, o antigo projeto está parado.