
Cidade
Justiça condena rede de supermercado após ambulante ser vítima de racismo em Salvador
O caso aconteceu em 2017, na Barra, quando o trabalhador informal tentava comprar mercadorias para revenda

Foto: Divulgação/Defensoria Pública
Uma rede de supermercados foi condenada a indenizar um ambulante que foi vítima de racismo ao tentar entrar em uma das sedes na Barra, em Salvador. O trabalhador recebeu uma indenização financeira de R$ 35 mil pelos danos morais sofridos.
O caso aconteceu em 2017, quando o trabalhador informal tentava comprar mercadorias para revenda. Na ocasião, ele foi barrado por um segurança que alegou a loja tinha fechado, mas permitiu a entrada de um casal de pessoas brancas.
Após atuação da Defensoria Pública da Bahia, a rede de supermercados recebeu a condenação. A sentença foi proferida em 2023 e, após passar por recurso, foi mantida com a decisão final expedida no final de 2024.
“Quando soube do resultado, vi que valeu a pena correr atrás dos meus direitos. A gente tem que denunciar o racismo. Muitas vezes, a gente sofre preconceito e não faz nada. Só por ser preto, as pessoas já acham que a gente é bandido”, diz o ambulante, em material distribuído nesta sexta-feira (14).
Além de ter sido impedido de entrar na loja, após questionar a conduta do segurança, o ambulante foi chamado de “desocupado, preto e vagabundo”.
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