
Cidade
Igreja Ascensão do Senhor, no CAB, completa 50 anos de história
A igreja foi inaugurada em 7 de março de 1975, na presença do então secretário Mário Kertész, do governador ACM, da primeira dama Arlette Magalhães e religiosos (foto)

Foto: Acervo
Inaugurada em 1975 e tombada pela prefeitura de Salvador em 2020, a Igreja da Ascensão do Senhor, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), celebra seus 50 anos nesta sexta-feira (7). A construção, considerada uma obra-prima da arquitetura moderna brasileira, foi projetada por João Filgueiras Lima, o Lelé, também responsável pelo projeto de prédios de secretarias e o Centro de Exposições do próprio CAB e tambpem pela sede do Executivo soteropolitano, na Praça Municipal.
Para comemorar a data, será celebrada uma missa em Ação de Graças nesta sexta-feira, às 19h30.
Arquitetura e Contexto Histórico
Localizada na 3ª Avenida do Centro Administrativo da Bahia (CAB), a igreja está inserida em um contexto de planejamento urbano da década de 70. Naquele período, o objetivo era concentrar edifícios de repartições públicas – especialmente estaduais – em um único local, para substituir os prédios espalhados pelo centro da capital.
O projeto da igreja teve início após a chegada do arquiteto, a convite do então secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia, Mário Kertész, durante o governo de Antonio Carlos Magalhães (ACM). Além da Igreja da Ascensão, Lelé também foi responsável pelo projeto do Prédio da Balança, um monumento na região, conhecido por sua estrutura suspensa a 5 metros do solo.
Objetivo e Impacto
Segundo estudiosos, o objetivo de Lelé era criar um templo simples e singelo, mas que mantivesse a dignidade necessária para a celebração do catolicismo em uma cidade com forte tradição religiosa como Salvador. O prédio conta com uma nave de 12 peças estruturais de concreto armado. Lelé utilizou ainda vidro, madeira e pedra, integrando-os à topografia da área e criando sombra e luz no interior da igreja.
Inicialmente, a igreja servia como ponto de encontro para os funcionários públicos do Centro Administrativo, mas, ao longo do tempo, passou a acolher também a crescente comunidade dos novos bairros residenciais e comerciais ao redor.
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