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Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

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Instituto de Arquitetos ajuiza ação contra construção de passarela de camarotes em Salvador

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Instituto de Arquitetos ajuiza ação contra construção de passarela de camarotes em Salvador

Ação civil pública foi indeferida pela justiça, mas IAB já recorreu

Instituto de Arquitetos ajuiza ação contra construção de passarela de camarotes em Salvador

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 26 de fevereiro de 2025 às 10:52

Atualizado: no dia 26 de fevereiro de 2025 às 11:08

O Instituto de Arquitetos da Bahia (IAB-BA) ajuizou uma ação civil pública contra construção de uma passarela no Morro Ipiranga, em Salvador. A estrutura foi montada para acesso exclusivo aos camarotes o Club e Glamour, durante o Carnaval.

Segundo o IAB-BA, não houve a devida licença e estudos técnicos que comprovassem a segurança da passarela. O instituto também questionou a privatização do espaço público e a falta de transparência na concessão da licença. Foi solicitado ainda uma tutela de urgência para embargar a obra e interditar a passarela, além de multa aos responsáveis em caso de descumprimento.

Apesar disso, o juiz não concedeu a medida urgente de suspensão da obra, alegando que não houve identificação com clareza dos responsáveis pela construção. Também foi solicitado que o  Município de Salvador fosse citado, para se manifestar e apresentar documentos relacionados à obra questionada, em até 15 dias, prazo que em que o Carnaval já terá se encerrado. Após o indeferimento da tutela de urgência, o IAB-BA pediu que a decisão do juízo de primeira instância fosse alterada. 

Em entrevista coletiva na última sexta-feira (21), o prefeito de Salvador, Bruno Reis, disse não ver problemas na construção. "Claro que tenho [conhecimento da passarela]. Está sendo pago para ser utilizada. A prefeitura decidiu autorizar porque não causa nenhum prejuízo para os foliões que passam pela rampa de areia do Morro Ipiranga", disse.

A construção da obra é alvo de criticas por políticos e pela população. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) denunciou a construção da passarela durante uma reunião com representantes da Saltur (Empresa Salvador Turismo). Aladilce chamou a estrutura de "passarela da vergonha", e argumentou que ela promove a segregação social, já que apenas os frequentadores dos camarotes privados teriam acesso ao espaço público. Ela também questionou a falta de transparência na concessão da licença e a ausência de estudos técnicos que justificassem a obra.