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"Prejuízos pela perda de mais uma área verde serão maiores que receitas geradas", diz CAU sobre leilão de encosta na Barra

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"Prejuízos pela perda de mais uma área verde serão maiores que receitas geradas", diz CAU sobre leilão de encosta na Barra

Encosta localizada na Barra foi arrematada por R$ 16 milhões em leilão de terrenos da prefeitura

"Prejuízos pela perda de mais uma área verde serão maiores que receitas geradas", diz CAU sobre leilão de encosta na Barra

Foto: Reprodução/Google Street

Por: Mariana Bamberg no dia 20 de fevereiro de 2025 às 16:15

Responsável pela ação que acabou barrando a venda de uma área verde no Corredor da Vitória, no ano passado, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) voltou a se posicionar sobre os leilões de terrenos da prefeitura e avaliou com preocupação a venda de uma encosta na Barra. A área foi arrematada na última rodada de leilão municipal, por R$ 16 milhões e, segundo o prefeito Bruno Reis, deve dar espaço a um empreendimento imobiliário. 

Questionado sobre a venda da encosta, o prefeito chegou a afirmar que a área “não serve para nada, não gera um real para a prefeitura”. Em defesa do leilão, ele citou os impostos que devem ser arrecadados com o empreendimento imobiliário a ser erguido. No entanto, o presidente do CAU,Tiago Brasileiro, rebate as declarações do prefeito e denuncia que não foram apresentados estudos técnicos para justificar a decisão de venda, nem Estudo de Impacto de Vizinhança, assim como não foi feito um debate público com os moradores.

“O fato de não gerar IPTU para a cidade não significa que a área verde seja descartável, como leva a entender a fala do prefeito. Isso demonstra desconhecimento grave do gestor municipal em relação às funções ecológica, ambiental, cultural, urbanística e, especialmente, climática, justamente num momento em que o mundo inteiro debate os impactos das mudanças climáticas nas cidades”, afirmou Brasileiro em entrevista ao Metro1.

“Certamente os prejuízos e custos gerados pela perda de mais essa importante área verde da cidade serão imensamente maiores que as receitas geradas por um possível empreendimento imobiliário. Portanto essa decisão da Prefeitura de Salvador está na contramão da história e das boas práticas de Planejamento Urbano”, complementou.