Cidade
Semop considera "muito difícil" aumentar quantidade de kits dos ambulantes do Porto da Barra
Após a insatisfação com o limite de kits, barraqueiros vêm afirmando que podem aumentar o valor cobrado pelo serviço; a Semop, no entanto, destaca que não pode interferir no preço
Foto: Divulgação/ Semop
Quem passou pela região do Porto da Barra na manhã desta sexta-feira (31) pôde notar a organização das barracas e o espaço livre na faixa de areia. Apesar do protesto dos ambulantes sobre a quantidade de kits permitidos, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) descarta a possibilidade de ampliar esse número.
Em entrevista ao Metro1, o diretor da Semop, Alysson Carvalho, afirmou que fatores técnicos impedem esse aumento. “A gente considera muito difícil a possibilidade de aumentar essa quantidade de kits. Temos fatores técnicos e o fato de que a faixa de areia das praias está diminuindo ainda mais devido aos efeitos climáticos. Então, acredito que a situação vai continuar, com a capacidade deles oferecendo apenas dez kits”, explicou.
Aumento do valor
Ao longo da semana, ambulantes afirmaram que pretendem reajustar os preços dos serviços, pois o limite estabelecido não seria suficiente para arcar com os custos da prestação do serviço. De acordo com a Semop, a gestão municipal não interfere nos valores cobrados pelos ambulantes. “O que orientamos é que, caso o serviço seja oferecido, o preço seja combinado previamente para evitar qualquer situação negativa depois”, disse o diretor da pasta.
A polêmica
Na semana passada, após a denúncia de moradores e turistas que reclamavam sobre o excesso de sombreiros e cadeiras na praia, a Semop se reuniu com os permissionários da região e, entre as regras estabelecidas, estavam o limite de 10 kits (uma mesa, um sombreiro e três cadeiras) por permissionário e a necessidade de deixar o equipamento desarmado e recuado até o uso dos clientes. Além disso, foi estabelecido que eles só poderiam oferecer os kits a partir das 9h. A quantidade estabelecida, no entanto, causou revolta nos barraqueiros, que chegaram a fazer greve na terça-feira (28).
Reação à greve
A terça-feira poderia ter sido um dia comum de verão em Salvador, mas a visão do Porto da Barra foi diferente, com barraqueiros de braços cruzados manifestando e a areia sem sombreiros e cadeiras. A ausência das estruturas foi, no entanto, comemorada pelos banhistas e, no dia seguinte, os permissionários retomaram as atividades.
A Semop tem fiscalizado o cumprimento das regras, ação que faz parte da Operação Verão 2025 e será apresentada no final de março. Nesta quinta-feira (30), a pasta chegou a presenciar barraqueiros tentando ultrapassar o número máximo de kits. “Nós solicitamos a retirada desses equipamentos mediante a notificação, para que a gente possa manter, sobretudo, a capacidade da população de utilizar o espaço na forma que ela bem entender, seja com sua toalha, canga, cadeira vinda de casa, para ter realmente esse equilíbrio”, concluiu o diretor da Semop.
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