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Cordeiros e blocos se reúnem para definir melhores condições de trabalho no Carnaval de Salvador
A principal reivindicação da categoria não foi atendida, mas as discussões seguem para o Carnaval de 2026
Foto: Reprodução
A menos de 30 dias para o Carnaval, representantes de blocos e a Assindicorda (Sindicato dos cordeiros) se reuniram, com intermédio do Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir um Termo de Compromisso sobre as condições de trabalho da categoria. Para a categoria, não houve avanços nas determinações firmadas para este ano.
Em entrevista ao Repórter Metropole, o presidente do sindicato, Mateus Santos, explicou que a principal reivindicação da categoria, que era um local de convivência para que os cordeiros pudessem descansar, se alimentar e trocar o fardamento, não foi atendida. Esse é um pleito que vem sendo cobrado desde o ano passado, assim como uma estrutura para os blocos conseguirem fornecer água gelada aos trabalhadores.
“Os ajustes, de fato, não tiveram grandes avanços. Mas houve um debate para que possamos avançar nas discussões do ano que vem. Uma das principais reivindicações da nossa categoria é que a prefeitura libere pontos de apoio, que é o centro de convivência, para que os cordeiros possam ter um espaço para poder fazer seu lanche, para poder descansar, trocar de fardamento e etc. A Prefeitura não nos acionou para discutir e fomentar esse debate amplo, não apresentou nenhum tipo de proposta, mas mandou um representante aqui hoje para ouvir as nossas reivindicações, através da Saltur e da Secult”, contou o presidente do sindicato.
O que ficou definido
O documento firmado nesta terça-feira não traz determinações sobre a diária dos cordeiros, essa já foi discutida diretamente com os empresários de blocos e acordada em R$ 100 para o Carnaval deste ano. O TAC, no entanto, define que os contratadores devem discutir todo ano a remuneração com a entidade sindical e o pagamento precisa ser realizado no prazo máximo de 96 horas após o término do festejo.
Além disso, o documento traz ações que devem ser cumpridas pelo bloco para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, como a celebração de contratos por escrito e individuais com cada cordeiro. Está determinado também que os blocos devem pagar o equivalente a duas passagens de ônibus por dia de trabalho e fornecer gratuitamente EPIs (equipamento de proteção individual), como luvas de malha, protetor auricular, filtro solar, camisa de algodão.
Com relação à alimentação, que já era uma das principais críticas da categoria, ficou definido o fornecimento de dois pacotes de biscoito, um suco e duas barrinhas de biscoito, além de quatro garrafas de água de 500 ml.
Confira a entrevista na íntegra:
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