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Cidade
Salvador em imagens: o antes e depois de locais emblemáticos na história da capital baiana
Em celebração ao aniversário da primeira capital do Brasil, o Metro1 reúne fotos de lugares em momentos diferentes que datam as passagens históricas da cidade
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Foto: Metropress/Filipe Luiz
Uma senhora enxuta, sábia e com a força e cultura de seu povo estapado nas ruas, Salvador completa, nesta sexta-feira (29), 475 anos. Primeira capital do Brasil, a cidade abriga em seus quatro cantos diversas histórias de luta, resistência e vestígios de como funcionou o país nos seus primórdios. Em homenagem ao aniversário, o Metro1 faz um passeio com fotos atuais e antigas de lugares importantes da cidade dos soteropolitanos, para mostrar como o tempo construiu as mudanças nesses espaços. Neste roteiro, o historiador Rafael Dantas é o convidado para contar um pouco da memória por trás desses símbolos.
Elevador Lacerda:
O primeiro ponto de parada é um dos principais ícones da cidade de Salvador: Elevador Lacerda. O equipamento foi inaugurado há 150 anos, em 8 de dezembro de 1873. Na visão do historiador Rafael, o elevador acompanhou fielmente o desenvolvimento e as transformações da capital baiana. O ascensor é o primeiro elevador urbano do mundo e liga a cidade baixa à cidade alta. Até os dias de hoje é um dos principais meios de locomoção para a população soteropolitana que diariamente precisa fazer esse percurso.
Foto: Reprodução/Livro Imagens da Bahia | Metropress/Filipe Luiz
Cidade da Música:
A alguns metros do Elevador, um sobrado coberto de azulejos azuis portugues chama a atenção. Seu antigo nome não poderia ser diferente: Casarão de Azulejos Azuis. Hoje é mais conhecido como a Casa da Música. O histórico sobrado da segunda metade do século 19 permanece imponente e inteiramente coberto por azulejos. Uma das mudanças mais recentes que ele presenciou foi a alteração do nome da praça à sua frente, que de Praça Cairu se tornou Maria Felipa. Mas o sobrado testemunhou também o desenvolvimento da rede de relações com o Hemisfério Sul e diversas cidades da Europa e América do Norte, cujo roteiro tinha Salvador como uma das paradas. “É um exemplar único da nossa arquitetura dos anos de 1800. É uma testemunha do próprio bairro do Comércio, em uma época em que os prédios definiam os contornos e as relações comerciais em contato com a Baía de Todos-os-Santos”, explica Rafael.
Foto: Arquivo/Metropoe | Metropress/Filipe Luiz
Praça Castro Alves:
Uma das mais antigas de Salvador, a Praça Castro Alves fica em uma das regiões mais históricas da cidade e é a próxima parada do roteiro. Ela foi palco de grandes momentos, como a reunião de foliões nos encontros dos trios elétricos na década de 70. Antes disso, o local recebeu o nome de Largo do Teatro, em referência à construção do importante Teatro São João, destruído em um incêndio no ano de 1923. “Nessa praça, foi construída a secretaria de agricultura e comércio e hoje é ainda uma praça que guarda essa referência da cidade”, comenta Rafael.
Reprodução/Salvador Antiga | Metropress/Filipe Luiz
Largo do Pelourinho:
A Praça José de Alencar, conhecida como Largo do Pelourinho, é sem sombra de dúvidas um dos maiores “cartões postais” de Salvador e, por isso, não ficaria de fora deste roteiro. Palco de tragédias e dores, o local recebe esse nome pois abrigou, durante o Brasil Colônia, um pelourinho, onde os escravizados eram castigados publicamente. Um rico acervo de urbanismo e arquitetura, o Largo foi cenário, em 1996, do videoclipe They Don't Care About Us, do cantor estadunidense Michael Jackson.
Foto: ArquivoMetropole | Metropress/Filipe Luiz
Rosário dos Pretos:
Próximo ao Largo do Pelourinho, um símbolo da arquitetura rococó do século XVIII: uma igreja que passou por um processo de 100 anos de construção e decoração. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Salvador foi formalmente constituída em 1685, uma das primeiras irmandades negras do Brasil e fica logo abaixo do Largo do Pelourinho. Ainda hoje as missas são celebradas ao som dos atabaques, se juntando à Basílica do Bonfim como uma referência do sincretismo. “É sempre lembrada por conta da representatividade e força das comunidades negras, especialmente da irmandade dos homens pretos, referência da cultura negra e religiosidade do povo baiano", pontua o historiador.
Foto: Reprodução/Livro Imagens da Bahia | Metropress/Filipe Luiz
Barroquinha:
O próximo destino do roteiro é um também um centro de resistência da cultura negra no período da escravidão. A Barroquinha passou por grandes intervenções ao decorrer dos anos. “O lugar, no passado, era uma área marcada pelo Vale e Rio das Tripas que passou por transformações com a criação da avenida Seabra e anos depois como um grande centro de comércio popular, nos meados do século XX, como referência da nossa cidade”, explica Rafael.
Foto: Arquivo/André Lissonger | Igor Santos/Secom
Largo da Mariquita:
Do outro lado da cidade, a última parada: o Largo da Mariquita. Famoso ponto de encontro localizado em um dos principais bairros boêmios de Salvador, o Rio Vermelho, o local passou por uma ocupação mais recente. Segundo o historiador Rafael Dantas, o largo era caracterizado pela forte ocupação indígena, do povo tupinambá, abrigando núcleos e povoamentos que se intensificaram no século XIX. Recebia o rio Camarajipe em seu curso natural, atualmente poluído.
Foto: Arquivo/Metropole | Reprodução/Google Maps
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