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O abandono do Solar Machado: cinco anos sem uso e sem perspectivas de recuperação

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O abandono do Solar Machado: cinco anos sem uso e sem perspectivas de recuperação

Prédio sediou o Abrigo Dom Pedro II durante 130 anos e aguarda reparos estruturais desde 2014

O abandono do Solar Machado: cinco anos sem uso e sem perspectivas de recuperação

Foto: Filipe Luiz/Metropress

Por: Bélit Loiane no dia 30 de junho de 2023 às 10:14

Atualizado: no dia 06 de julho de 2023 às 10:07

Localizado na movimentada Avenida Luiz Tarquínio, no bairro de Roma, em Salvador, um imóvel chama atenção por sua imponência histórica, mas também pelo cenário de abandono. O Solar Machado ou Palacete Machado é conhecido entre os soteropolitanos por ter sido, durante 130 anos, sede do Abrigo Dom Pedro II. Agora, o local coleciona problemas estruturais, infiltrações e desgastes nas instalações

O imóvel, de propriedade da prefeitura de Salvador, foi construído na primeira metade do século 19 e há cinco anos, desde que o Abrigo Dom Pedro II foi transferido para o bairro de Piatã, está sem uso. A mudança, inclusive, foi sugerida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) que, desde 2014, já pedia melhorias nos imóvel para proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos acolhidos.

Hoje, a importância histórica do solar pode até ter sido esquecida, mas ela já foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) - que aponta o prédio como a maior residência da Bahia na época de sua construção - e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tem a tutela do palacete e o inscreveu em seu livro do Tombo Histórico e de Belas Artes em 1949.

Reformas

Em nota ao Metro1, o Iphan disse que técnicos do instituto já realizaram uma vistoria no local, juntamente com equipes da prefeitura de Salvador e integrantes das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), e constataram que o prédio se encontra “em processo de arruinamento e sem uso”. 

O ano quando ocorreu a fiscalização não foi detalhado pelo Iphan mas, neste período, a parte conhecida como pavilhões do abrigo era administrada pela Osid e havia passado por uma reforma recente, se encontrando em melhores condições. 

O Iphan informou que ainda avalia a realização de novas vistorias de fiscalização para que a gestão municipal, responsável pelo imóvel, adote as medidas cabíveis à preservação do bem. Já a prefeitura declarou que há um projeto para revitalizar. Não existe, porém, definição de prazo e orçamento.