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Cidade
Pix da Record: Marcelo Castro e ex-editor são indiciados por estelionato e lavagem de dinheiro
Pelo extrato de uma movimentação financeira, a investigação descobriu que apenas em um dia os jornalistas movimentaram R$109 mil em doações
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Foto: Divulgação
A novela do Pix da Record parece estar próxima de um fim. Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (20), o delegado Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), anunciou que os jornalistas investigados por desviar o dinheiro doado por telespectadores serão indiciados. Ainda não houve pedido de prisão.
Segundo o delegado, os suspeitos serão indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além dos jornalistas, um amigo de infância de um deles também será indiciado.
Ainda de acordo com o delegado, os indiciados teriam afirmado que sabiam que a conduta era antiética, mas que achavam que não era ilegal. Charles Leão não citou os nomes dos suspeitos, mas anteriormente, em material distribuído em uma coletiva, a Polícia Civil já havia informado que os investigados eram dois profissionais que foram demitidos da emissora após a repercussão do caso. No final de março, o repórter Marcelo Castro e o ex-editor Jamerson Nascimento foram desligados da empresa.
Pelo extrato de uma movimentação financeira, a investigação descobriu que apenas em um dia os jornalistas movimentaram R$109 mil em doações. De acordo com o delegado, ao menos 11 casos foram notificados. Esntre as vítimas estão um criança com problemas renais e um outro com autismo e queimaduras pelo corpo. Segundo Charles Leão, a Polícia Civil ainda não conseguiu ouvir todos os envolvidos.
“Todas as alegações não foram alicerçadas com qualquer documento. Eu acredito [mais] nas vítimas, mães, pais, pessoas com graves doenças, do que em uma afirmativa separada de qualquer documento”, disse o delegado durante a coletiva.
Sobre o tempo levado para a investigação, Charles Leão alegou que, como o número de envolvidos é grande, foi preciso ainda mais cuidado. “Essa demora na prestação da informação é pelo compromisso, pela verdade, para que inocentes não venham ser elencados. Por exemplo, uma pessoa que emprestou a chave pix, eu tenho que ter certeza que ela tem ligação para indiciar”, afirmou.
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