Passageira expulsa de voo deve processar Gol por danos morais

Defesa de Samantha Vitena, que foi expulsa de um voo da Gol na madrugada de sábado (29) por não querer despachar bagagem, diz que estuda opções legais para reparação de danos à passageira. Vídeos do momento em que Samantha foi retirada do voo repercutiram nas redes sociais como um caso de racismo da companhia aérea.

O advogado da vítima, Fernando Santos, afirma que estuda possibilidade de indenização por danos morais e medidas administrativas contra os policiais federais que, segundo a defesa, cometeram abuso de autoridade ao abordar a passageira.

Para Santos, é primordial que a questão racial seja levantada durante o processo. "Ela queria somente acomodar sua mochila e foi considerada perturbadora da paz e retirada do local. Não é honesto analisar esses fatos desprezando a perspectiva racial", afirma o advogado.

Em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda-feira (1°), a pesquisadora disse ainda estar assimilando o episódio. Disse que não entendeu a necessidade de ação da polícia, e que foi ignorada ao pedir explicações. "Perguntei se poderia ser retirada do avião sem saber o motivo. Eles disseram 'o comandante determinou que você deve sair, então você vai sair'. Se eu ficasse, disseram que seria um crime".