Cidade
Morre Mãe Olga, última matriarca do Terreiro Bate Folha, aos 98 anos
Sepultamento acontecerá nesta às 16h desta quarta (26) no Cemitério Jardim da Saudade
Foto: Divulgação
Mameto do Terreiro Bate Folha, Olga Conceição Cruz, conhecida Nengua Ganguacesse, morreu na tarde desta terça-feira (25), aos 98 anos. O falecimento foi comunicado por representantes do terreiro de Candomblé e da Sociedade Beneficente Santa Bárbara. O sepultamento acontecerá às 16h desta quarta (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.
Na nota, o terreiro e a sociedade beneficente lamentaram a morte da mameto e ressaltaram a sua importância para o Candomblé na Bahia. "Desde já agradecemos a todos os amigos pelas notas de pesar que estamos recebendo, nesta hora de tristeza e dor pelo passamento da nossa querida mãe, conselheira, orientadora e mentora espiritual, que dedicou sua vida ao Terreiro Bate Folha como esteio da resistência para manutenção das tradições Muxi Congo no culto aos Nkisses no Candomblé da Bahia", diz um trecho do comunicado.
Localizado em Salvador, o Terreiro Bate Folha é considerado um dos mais importantes de tradição Congo-Angola do Brasil. O seu primeiro registro foi feito por Nengua Ganguacesse. Olga recebeu esse nome após seu processo de iniciação no candomblé, por volta de 1949, três anos depois do falecimento do fundador do terreiro, Seu Manoel Bernardino da Paixão. A líder religiosa foi iniciada no candomblé aos 24 anos e tinha 74 de iniciação.
A nota sobre o falecimento foi assinada pelo zelador de inquices do Terreiro Bate Folha, Cícero Rodrigues Franco Lima, chamado de Tata Muguanxi, e por João Antônio Ferreira dos Santos, conhecido como Taata Kisendu, da Sociedade Beneficente Santa Bárbara.
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