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Construção de condomínio em Stella Maris revolta moradores e provoca desmatamento

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Construção de condomínio em Stella Maris revolta moradores e provoca desmatamento

Construção de imóvel está destruindo vegetação nativa

Construção de condomínio em Stella Maris revolta moradores e provoca desmatamento

Foto: Leitor Metro1

Por: Mariana Brasil no dia 04 de abril de 2023 às 15:20

A construção de um imóvel a na orla de Stella Maris está revoltando moradores da região, que prestaram denúncias ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo os denunciantes, a obra, feita na Alameda Guaratuba, promete levantar oito torres com 15 andares cada. A construção já devastou uma área de vegetação nativa e foi iniciada de forma repentina, sem informações no local sobre seus responsáveis.

De acordo com os moradores, no dia 15 de março, a área já estava devastada. “Esse terreno, que faz parte de um grande lote, um belo dia apareceu com retroescavadeiras arrancando toda a vegetação de restinga que tinha, sem manejo de fauna e sem placa de licenciamento”, relata a presidente da Associação Stella4Praias, Clarice Bagrichevsky, em entrevista ao Metro1.

Os moradores do condomínio Sol do Atlântico, localizado atrás da obra, chegaram a entrar em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) antes de recorrer ao MP-BA e não obtiveram retorno da pasta.

“Eu venho acompanhando a obra desde o início, desde quando começou com a primeira retroescavadeira e venho percebendo que não teve placa de construtora ainda, de licença ambiental”, descreve Yanka Bordoni, moradora do condomínio. “A única que tem no ambiente é da Sedur, que cercaram a beira da praia com o terreno”, conta.

“Essas construções, antes de tudo, vão causar um dano ambiental imenso. Ali atrás do condomínio existem vários animais, que às vezes partem para o nosso condomínio como cobras, calungas, entre outros”, aponta ela. 

Segundo os relatos locais, esse cenário já é realidade por conta das outras construções mais recentes do bairro levantadas em terrenos. Além da questão ambiental, os moradores projetam o aumento no volume do trânsito pela quantidade de novos condôminos, o sombreamento gerado na praia e o destino do esgoto. "Para onde vai o esgotamento dos prédios, vai para as praias?”, questiona Yanka.

Procurada pelo Metro1, a Sedur informou que enviará uma equipe de fiscalização ao local para verificar a situação e adotar as medidas necessárias.

Reação
No próximo sábado (15), haverá uma manifestação às 10h, com concentração no final da Avenida Mãe Stella de Oxossi, próximo à praia. Os moradores vão caminhar até a Alameda Guaratuba, onde serão construídas as torres. 

Por enquanto, já são 400 inscritos para a manifestação. “Nosso objetivo é audiência pública com o Ministério Público trabalhar com agilidade, pois é à gente a quem eles devem proteção”, destaca Clarice.

O Metro1 procurou o Ministério Público da Bahia para maiores esclarecimentos, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.