Cidade
Sedur aguarda responsável por obra no Terreiro da Casa Branca para definir regularização
Nos últimos 33 anos, a casa denunciou 33 obras irregulares no terreno ao Iphan
Foto: Divulgação/ Terreiro da Casa Branca
Após a demolição do quinto andar da obra irregular que ameaça a estrutura do Terreiro da Casa Branca, no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) aguarda que o responsável pela construção recorra ao órgão para que ele analise sua regularidade.
A área demolida na última sexta-feira (31) foi construída entre setembro do ano passado e março deste ano, quando a obra já estava embargada pelo órgão municipal. “Estamos monitorando a situação. As coisas precisam ser feitas com cuidado para não ter risco aos moradores vizinhos. O resultado vai depender do processo a ser analisado”, indicou a assessoria da Sedur, em nota enviada ao Metro1. A situação segue sendo monitorada.
A secretaria informou ainda que a construção em região próxima a área tombada pode ser feita desde que haja autorização do responsável pelo tombamento patrimonial, que, no caso da Casa Branca, se trata do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (3), a advogada Isaura Genoveva, também ekedi do terreiro, declarou que, desde 2000, a casa oficia ao Iphan a existência de obras irregulares em seu entorno. Nos últimos 23 anos, 33 denúncias foram feitas.
Procurado pelo Metro1 na última semana, o instituto reconheceu a falta de êxito em sua ação junto à Sedur e ao Ministério Público da Bahia para a interrupção da obra irregular que vem sendo erguida desde 2018. Para os frequentadores do terreiro, a falta de ação é uma marca do racismo religioso e da falta de respeito com a memória das religiões de matriz africana de Salvador.
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