Cidade
Prefeito vai a Brasília por última tentativa de subsídio ao transporte público, diz Semob
Prefeitura havia se comprometido a não repassar reajusta para o usuário se subsídio federal fosse aprovado
Foto: Divulgação
O secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, foi entrevistado por José Eduardo durante Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metropole, nesta segunda-feira (20). Durante a conversa, o secretário falou sobre o possível aumento da tarifa do transporte público de Salvador e contou que o prefeito Bruno Reis deve ir na próxima terça-feira (31) a Brasília, conversar com deputados sobre o projeto que institui subsídio federal ao transporte coletivo.
De acordo com Muller, a viagem do prefeito é uma última tentativa de sensibilizar os deputados federais para que o projeto seja votado em caráter de urgência. A prefeitura havia se comprometido em não repassar o aumento na tarifa do transporte público para o usuário caso o projeto fosse votado até o mês de junho deste ano.
“O que o prefeito assumiu de responsabilidade foi que, se o PL do subsídio federal fosse aprovado até o mês de junho, não iria dar aumento na tarifa do transporte, mesmo que fosse necessário ele colocar mais dinheiro para complementar. Ele está indo para Brasília amanhã, numa última tentativa de sensibilizar a câmara dos deputados. Ele já esteve semana passada com o relator do projeto que se comprometeu em agilizar. Mas infelizmente até o momento ainda não foi votado”, contou.
O secretário explicou ainda que a necessidade do reajuste foi agravada pelo aumento do diesel e por mudanças instauradas pela pandemia. Segundo Muller, desde o início da pandemia, o sistema de transporte público de Salvador teve uma queda de quase 5 milhões de passageiros, “o que gerou um grande desequilíbrio”.
“Antes da pandemia, tínhamos cerca de 21 milhões de passageiros que efetivamente pagavam a tarifa. Hoje não chegamos a 16 milhões, são quase 5 milhões a menos, o que causa um grande desequilíbrio no sistema. Agravado a isso, é essa alta absurda do diesel. Isso trouxe um aumento no principal insumo do transporte público e no de carga. No transporte público, isso tem sido até mais danoso que a própria pandemia, porque tudo que é derivado do petróleo subiu quase que 100%. Tudo isso tem trazido consequências muito ruins para o transporte público municipal”, argumentou o líder da pasta.
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